Prof. Dr. Danilo Gusmão de Quadros
Na região Nordeste do Brasil, a ovino-caprinocultura é uma importante atividade sócio-econômica, com destaque para a agricultura familiar. Atualmente, a atividade se expande com investimentos de empresários e incentivos governamentais, dotando o criatório com soluções alternativas baseadas em tecnologias regionais.
O Estado da Bahia conta com a maior população caprina e a segunda maior ovina do Brasil. Entretanto, os sistemas de criação predominantes são caracterizados por baixos índices zootécnicos, em conseqüência da precária nutrição, dos problemas sanitários, do manejo ineficiente e do baixo potencial genético dos animais.
A forragem produzida na pastagem é a fonte mais barata de alimentos para ovinos e caprinos (ELY, 1995). FIGUEIREDO (1990) expressou a necessidade do lançamento e avaliação de plantas forrageiras mais específicas para criação de pequenos ruminantes,
com alta produção e boa aceitabilidade.
O Brasil tem 170 milhões de hectares de pastagens, sendo 100 milhões (58 % do total) ocupados com pastagens cultivadas ou artificiais, as quais apresentam ampliação de sua participação ao longo dos anos (em 1985 correspondeu a 41% do total), em relação às pastagens nativas, em vista da maior capacidade de suporte proporcionada.
Entretanto, ainda são escassos trabalhos com pastagens tropicais para a ovinocaprinocultura. Plantas forrageiras que apresentam alta relação folha/colmo e alta densidade de massa seca (MS) facilitam a apreensão da forragem pelo animal em pastejo, refletindo em aumento de ingestão de energia digestível (MOTT, 1981).
Nos sistemas de produção de pequenos ruminantes, a racionalização e a intensificação da utilização de pastagens é de extrema importância. Contudo, segundo MACEDO et al. (2000), a terminação de cordeiros em confinamento foi mais rentável, pois em pastagens a verminose limitou o ganho de peso dos animais.
O objetivo desta revisão foi o de reunir as informações mais relevantes dos trabalhos científicos sobre o manejo de gramíneas e leguminosas forrageiras, comportamento ingestivo e interação de pasto x verminose, visando intensificar a produção de caprinos e ovinos em sistemas pastoris.
Fonte: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM PRODUÇÃO ANIMAL
PROGRAMA DE OVINO-CAPRINOCULTURA DA BAHIA
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