domingo, 31 de outubro de 2010

Curiosidade

Aptidão - Ainda existem, produtores e técnicos, que consideram a raça como de dupla aptidão. No entanto, na atualidade, os Estados Unidos lideram trabalhos técnico-científicos no sentido de se desenvolver linhagens diferenciadas para leite e para corte.

sábado, 30 de outubro de 2010

Pastagem para ovinos e caprinos 10

Prof. Dr. Danilo Gusmão de Quadros

10. Associação de diferentes espécies animais em pastejo


A associação de diferentes espécies animais em pastejo múltiplo é uma prática bem antiga. Entretanto, aspectos como a interação social, a utilização das plantas forrageiras, a distribuição de excrementos na pastagem, os impactos sobre o solo, a sanidade e a produtividade devem ser considerados (CARVALHO e RODRIGUES, 1997).


Os objetivos do pastejo múltiplo, simultâneo ou sucessivo, de diferentes espécies de herbívoros, são: controle biológico de plantas indesejáveis ou tóxicas para uma classe de herbívoros, mas que produzem forragem para outra; aproveitamento de áreas topograficamente inacessíveis; manipulação biológica da vegetação em uma estação, visando favorecer o desenvolvimento de plantas forrageiras na estação seguinte; oferta
de forragem de alto valor nutritivo aos animais em produção, sem prejuízo da eficiência de utilização da pastagem; estabilização natural da vegetação manipulada através de distribuição mais uniforme da pressão de pastejo sobre todos os componentes da vegetação (ARAÚJO FILHO, 1985). Outro objetivo da associação de herbívoros em pastejo é a redução da população de nematódeos (GASTALDI, 1999; AMARANTE, 2001).


O pastejo seletivo pelo animal, somado às áreas de rejeição às dejeções, resulta em mosaico na pastagem, com áreas em que as plantas são submetidas à intensidade de desfolhação diferentes (COOPER et al., 2000). A utilização mais intensiva dos recursos pode ser possível considerando as diferenças anatômicas, fisiológicas, comportamentais e epidemiológicas das espécies envolvidas, utilizando a forragem produzida de maneira complementar (CARVALHO e RODRIGUES, 1997).

O tamanho do animal é uma característica importante na definição da eficiência de consumo e utilização dos alimentos, pois resulta em limitações quantitativas e qualitativas ao atendimento das exigências nutricionais (VAN SOEST, 1994; CARVALHO e RODRIGUES, 1997). BHATTACHARYA (1980) encontrou diferenças marcantes nos padrões morfo-anatômicos do rúmen, retículo, omaso e abomaso dos caprinos e dos ovinos. Esses últimos apresentaram maior proporção de rúmen e menores volumes de omaso e abomaso, considerando que o volume, peso e formato dos compartimentos gástricos variam com a ingestão de alimentos, natureza da dieta e comportamento de consumo alimentar.


A preferência alimentar de bovinos e ovinos lanados é por gramíneas, dos ovinos deslanados por plantas herbáceas e dos caprinos por arbustos (SILVA SOBRINHO, 2001). Essas diferenças na habilidade seletiva caracterizam a evolução das espécies em diversos meios. Devido à grande seletividade no pastejo, os caprinos ingerem preferencialmente as partes mais novas e tenras das plantas e, conseqüentemente, mais nutritivas (MALACHEK e LEINWEBER, 1972). Esse hábito reveste-se de grande importância na sua fisiologia digestiva, minimizando os efeitos negativos da baixa qualidade das forrageiras durante o período seco do ano (LEEK, 1983).

Comparando-se o aparato bucal de ovinos e caprinos, observou-se que a largura do maxilar, em relação ao tamanho do animal, é largo e chato nos ovinos. Nos caprinos é estreito e pontudo (CARVALHO e RODRIGUES, 1997). Os ovinos utilizam os lábios, dentes e língua conjuntamente para a apreensão da forragem, conferindo habilidades seletivas em razão da mobilidade dos lábios superiores, como a realização do pastejo
baixo (SILVA SOBRINHO, 2001).


A escolha das plantas de maneira similar, indica a possibilidade de competição por alimento entre caprinos e ovinos deslanados. A superposição das espécies vegetais escolhidas variou de 43,5 a 66,3%, apesar disso, por si só, não evidenciar uma competição (SQUIRES, 1982). Entretanto, trabalho desenvolvido na região de Inhamuns, Ceará, avaliando a composição botânica da dieta de ovinos e caprinos pastejando associadamente, ARAÚJO FILHO et al. (1996) comprovaram que 71% das espécies botânicas foram consumidas por ambas espécies animais. Na dieta dos ovinos houve uma participação maior de gramíneas e ervas, em relação aos caprinos. A participação de
gramíneas na dieta de ovinos deslanados, mantidos em áreas de caatinga raleada, chegou a 60% nas “águas”, diminuindo para 25% na seca, provavelmente porque muitas gramíneas são anuais, e as perenes apresentam pouco crescimento nessa época, levando o animal a alimentar-se no estrato arbustivo-arbóreo. Esse comportamento repetiu-se quando a taxa de lotação passou de 1,25 cab/ha/ano para 2,5 cab/ha/ano
(PIMENTEL et al., 1992).


Em pastagens exclusivas de gramíneas, possivelmente a superposição das dietas seja maior, devido a monocultura. A preferência alimentar sobre as forragens varia de acordo com a espécie animal, a estação do ano e intensidade de pastejo (ARAÚJO FILHO, 1985).


Os diferentes hábitos de pastejo dos ovinos e caprinos, em pastagens exclusivas de gramíneas, podem interferir no grau de contaminação por nematódeos. Do ponto de vista parasitário, há ocorrência de infecção cruzada das principais espécies parasitos entre a espécie caprina e ovina, o que não traria benefícios diretos, nesse aspecto. Por outro lado, entre bovinos ou equinos e ovinos houve benefícios do pastejo associado,
simultâneo ou sucessivo, para o controle de nematodioses, haja vista a pequena ocorrência de infecção cruzada (GASTALDI, 1999).


Segundo LAMBERT e GUERIN (1989), o pastejo misto permite o controle de endoparasitas em bovinos, ovinos e caprinos através da redução na contaminação da pastagem. Esta prática é baseada na especificidade parasitária dos nematódeos, ou seja, larvas infectantes de ovinos, que forem ingeridas por outra bovinos, serão destruídas, pois não encontrarão ambiente adequado para o seu desenvolvimento no novo hospedeiro.
SANTIAGO et al. (1976) não verificaram ocorrência de infecções cruzadas por espécies dos gêneros Haemonchus, Oesophagostomum, Nematodirus e Bunostomum, sendo que apenas algumas espécies dos gêneros Cooperia e o Trichostrongylus axei apresentaram infecções cruzadas, fato também demonstrado por ARUNDEL e HAMILTON (1975).


Entretanto, com relação ao Trichostrongylus axei, Ross (1970), citado por ARUNDEL e HAMILTON (1975), verificou que cepas adaptadas aos bovinos proporcionaram uma significativa proteção em cordeiros quando desafiados por cepas adaptadas aos ovinos. Segundo GRENET e BILLANT (1995), a quantidade de larvas de Ostertagia e Cooperia presentes na pastagem reduziram à metade em função do pastejo
misto. SOUTHCOTT e BARGER (1975) encontraram redução nas infecções de Haemonchus contortus e Trichostrongylus colubriformis em pastagens de ovinos submetidas ao pastejo prévio com bovinos por 6, 12 e 24 semanas.

Em um dos trabalhos revisados por GASTALDI (1999), a carga parasitária de cordeiros foi reduzida devida a presença de novilhos com mais de 1 ano de idade pastejando concomitantemente, o que resultou em maior ganho de peso. O uso de animais de menor idade proporcionou infecções cruzadas de endoparasitas, não sendo eficaz na descontaminação das pastagens.


Medida fundamental para se prevenir as infecções clínicas por nematódeos gastrintestinais é evitar a exposição dos animais às pastagens contaminadas, sobretudo durante o final da época de pastejo nesta área. Isto pode ser conseguido com a utilização estratégica de anti-helmínticos e com o controle do pastejo.


O pastejo misto ou alternado com bovinos e ovinos proporciona uma remoção mútua das larvas infectantes (L3) pela falta de especificidade entre parasitas e hospedeiros sobre a pastagem, diminuindo, desta forma, a contaminação em ambos hospedeiros e das pastagens. O pastejo misto ou alternado por animais de mesma espécie, mas de diferentes idades, pode produzir efeitos semelhantes, a imunidade dos
animais mais velhos reduzem a contaminação das pastagens que serão oferecidas aos animais mais jovens.


Teoricamente, o sistema de pastejo rotacionado auxilia no controle das nematodioses gastrintestinais pela quebra do ciclo infeccioso entre as pastagens e o hospedeiro durante o período em que estas são descansadas (PARKINS e HOLMES, 1989). Contudo, a longa sobrevivência de larvas L3 e a alta taxa de acúmulo de MS, com acelerada redução da qualidade, levam a inferência que o maior tempo de descanso da
pastagem pode atenuar, porém não resolve o problema.

11. Considerações finais


As pastagens constituem-se na base do sistema produtivo sustentável e econômico de ovinos e caprinos, desde que manejada racionalmente, considerando os aspectos da escolha das plantas forrageiras, incremento da fertilidade do solo, ajuste da pressão de pastejo e controle parasitário, alcançando boas produções por animal e por área, aumentando a rentabilidade do empreendimento.

Fonte: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM PRODUÇÃO ANIMAL
PROGRAMA DE OVINO-CAPRINOCULTURA DA BAHIA

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Pastagem para ovinos e caprinos 9

Prof. Dr. Danilo Gusmão de Quadros

9.0 Influência das pastagens nas verminoses


Em condições naturais, antes da domesticação, o equilíbrio parasito/hospedeiro permitia a tolerância dos animais a essa enfermidade. Com a domesticação, e conseqüente aumento no número de animais por área, houve desequilíbrio em favor dos parasitos, fazendo com que o principal problema sanitário dos rebanhos ovinos e caprinos seja a verminose (SANTIAGO et al., 1976; VIEIRA et al., 1997; GASTALDI, 1999; AMARANTE, 2001).

As verminoses dos caprinos e ovinos são causadas por parasitos pertencentes às classes Nematoda, Cestoda e Trematoda. Os nematódeos são vermes redondos, que podem se localizar no tubo digestivo (gastrintestinais) ou nos pulmões (pulmonares).

Considerando os cestódeos, são vermes chatos em forma de fita e, finalmente, os trematódeos, vermes chatos em forma de folha (COSTA, 2003). Dentre eles, os nematódeos apresentam-se em maior número e distribuição geográfica, sendo responsáveis pelos maiores prejuízos econômicos. O controle das nematodioses faz-se necessário, caso contrário, a criação tornar-se inviável economicamente, devido à baixa produtividade, à alta mortalidade dos animais e as despesas com mão-de-obra e anti-parasitários (AMARANTE, 2001). Esses problemas
se agravam devido às maiores taxas de lotação, associadas às condições climáticas propícias ao desenvolvimento de larvas, havendo a necessidade de conhecer a dinâmica da população dos nematódeos nas pastagens e nos animais.

Os nematódeos gastrintestinais mais encontrados em caprinos no semi-árido nordestino foram: Haemonchus contortus (abomaso), Trichostrongylus colubriformes (intestino delgado), Oesophagostomum columbianum (intestino grosso) e Strongyloides
papillosus (intestino delgado) (VIEIRA et al., 1997).

A presença de larvas infectantes nas pastagens é importante nos estudos epidemiológicos das nematodioses dos ruminantes, podendo fornecer um índice do risco de exposição dos animais mantidos em pastagens (MARTIN et al., 1990). As observações de GASTALDI (1999) indicaram que, contagens de OPG (ovos por grama de fezes) mais altas, coincidiram com as maiores concentrações de larvas infectantes na pastagem.

As variáveis climáticas que interferem no aumento populacional de nematódeos no ambiente são: temperatura, precipitação pluvial, umidade relativa do ar, evapotranspiração, radiação solar e temperatura do solo (geotermometria), sendo que, dentre esses, a precipitação é a mais importante (ROSA, 1996).

Estudos de epidemiologia de helmintos têm demonstrado que a medicação antihelmíntica nem sempre apresenta a eficácia esperada quando os animais permanecem em pastagens contaminadas. Segundo LAMBERT e GUERIN (1989), o controle das nematodioses passa invariavelmente pela adoção das práticas de manejo que visam a redução da população de larvas infectantes na pastagem. Em pastagens cujas estruturas permitem a penetração de raios solares nas bases das plantas, o número de larvas infectantes provavelmente será reduzido (SANTOS et al., 2002). As alternativas para se reduzir à contaminação das pastagens incluem a rotação dos piquetes, a aração do solo,
o pastejo alternado ou integrado (misto) com outras espécies animais, a aplicação de produtos químicos no solo e o controle biológico (COSTA, 2003).

A idade, o estado nutricional, a ordem do parto, estado fisiológico, raça, espécies de nematódeos, manejo dos animais, época de nascimento e de desmame, superpopulação e a introdução de animais novos no rebanho são fatores que contribuem para aumentar a população de parasitos no organismo do animal (ROSA, 1996). O estado nutricional interfere no grau de defesa imunológica do organismo. O cobre, fornecido através de
cápsulas, contribuiu para redução da reinfecção por H. contortus em ovinos lanados (GONÇALVES e ECHEVARRIA, 2004).


Alia-se ao problema da verminose, a existência, cada vez maior, de resistência a antihelmínticos, principalmente em se tratando do H. contortus (AMARANTE, 2001). Haemonchus spp. foram mais prevalentes na comunidade resistente a todos os anti helmínticos, tanto em ovinos, quanto em caprinos, criados em várias regiões do Ceará, seguido de Trichostrongylus spp. e Oesophagostomum spp. (MELO et al., 2003).

A ocorrência, severidade e o controle das doenças causadas por nematódeos estão diretamente correlacionados a disponibilidade de larvas infectantes na pastagem, que é influenciada pelo nível de contaminação de ovos, condições sazonais e o manejo do pastejo (ANDERSON, 1982). Segundo esse autor, sob condições adequadas, cerca de 20% dos ovos de nematódeos gastrintestinais depositados nas fezes dos animais completam o ciclo como adultos. Todavia, na seca, apenas 1% completa sua fase livre.

GASTALDI (1999), pesquisando a ocorrência de nematódeos gastrintestinais em ovinos pastejando associadamente à bovinos e eqüinos, encontrou maiores quantidades de larvas infectantes recuperadas coincidindo com a época de maior precipitação pluvial, sendo os principais gêneros Haemonchus spp. e Trichostrongylus spp..

As larvas infectantes conseguem sobreviver a uma variação maior de ambiente, em relação aos estádios pré-infectivos, que utilizam as fezes para proteção. O número de larvas infectantes na forragem representa somente uma pequena proporção do total de larvas na fase livre no pasto. Não surpreendente, o número de larvas disponíveis pode crescer mesmo algumas semanas após a retirada dos animais da pastagem, o que torna preocupante o tempo de descanso de 3 a 6 semanas, no sistema rotacionado (ANDERSON, 1982).

Considerando os aspectos parasitológicos, ainda não há evidências concretas de como a estrutura da pastagem influencia a sobrevivência de ovos e larvas de nematódeos gastrintestinais na pastagem. O arranjo espacial da comunidade de plantas que permite a insolação nas partes basais pode alterar o ecossistema e provocar a morte de muitos ovos e larvas (SANTOS et al., 2002). MARTIN NIETO et al. (2003) encontraram
diferenças no grau de infecção de ovelhas mantidas em pastagens formadas com capins diferentes, contudo não foi evidente a influência do hábito de crescimento da planta forrageira na contagem do OPG.

Existem algumas práticas de manejo das pastagens e medidas de controle integrados que podem ser utilizadas no intuito de reduzir os prejuízos dos nematódeos nos animais.

As gramíneas forrageiras cespitosas, pastejadas intermitentemente, com altura póspastejo baixa, pode contribuir para a redução da infecção dos animais (SANTOS et al., 2002). Esse aspecto se deve a maior insolação nos primeiros 15 cm do relvado, faixa de altura que geralmente a maioria das larvas se localizam nas plantas (MISRA e RUPRAH, 1972).

Outra prática que pode ser adotada, é a colocação dos animais na pastagem após a seca do orvalho. Nessa ocasião, as larvas infectantes, que necessitam de íntimo contato com a umidade, provavelmente migram para baixo, numa altura com menor possibilidade de serem ingeridas pelo animal. Entretanto, o tempo de pastejo diário pode ser reduzido, pois as primeiras horas da manhã são preferidas para essa atividade (NEIVA e
CÂNDIDO, 2003).

No trabalho de QUADROS (2004), não foi encontrada diferença quanto à concentração de larvas infectantes, entre os capins estrela-africana (prostrado), andropógon e Tanzânia (eretos), manejados com ovinos (Figura 3).

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Ovinos Santa Inês mantidos em pastagens dos capins Tanzânia, estrela-africana e andropógon não apresentaram diferenças na contagem de OPG, com média de 1228.

Aparentemente, a utilização de capins cespitosos visando redução da contaminação de nematódeos gastrintestinais em ovinos per si não foi eficaz, quando manejados sob lotação contínua. CUNHA et al. (2000) e SANTOS et al. (2002) alertaram para a autoinfestação, quando os animais permanecem mais de 5 dias no mesmo piquete, ingerindo larvas oriundas de ovos de seus próprios parasitos.

VLASSOF (1982) observou que 80% das larvas infectantes estiveram localizadas no primeiro terço na estrutura da pastagem. Considerando a localização das larvas infectantes de nematódeos em pastagens dos cvs. Tanzânia e mombaça de P. maximum, sob lotação caprina/ovina, o rebaixamento a 15 cm, visando reduzir a quantidade de larvas pela ação da radiação solar, pode ser viável. Entretanto, há possibilidade de
resultar em uma maior ingestão de larvas à medida que a altura do capim diminui.

Ademais, essa altura pode provocar prejuízos na rebrota e persistência das plantas, principalmente em solos de baixa fertilidade (QUADROS, 2004). A interferência do comportamento alimentar no número de larvas infectantes ingeridas é uma hipótese para explicar as diferenças na intensidade de infecção por nematódeos entre espécies e raças (HOSTE et al., 2001).

Em pastagens naturais, a alta habilidade de caprinos selecionarem uma dieta naturalmente com maior variedade botânica, com predominância de plantas com porte arbustivo e arbóreo, os predispõem menos intensamente a ingestão de larvas infectantes, em relação aos ovinos, que são mais dependentes das gramíneas, maior fonte de larvas (HOSTE et al., 2001). Em pastagens exclusivas de gramíneas, o padrão de infecção
encontrado por QUADROS (2004) demonstrou que os caprinos foram mais infectados do que os ovinos, talvez pelo menor convívio com esses parasitos em sua evolução em pastagens naturais.

Fonte: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM PRODUÇÃO ANIMAL
PROGRAMA DE OVINO-CAPRINOCULTURA DA BAHIA

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pastagem para ovinos e caprinos 8

Prof. Dr. Danilo Gusmão de Quadros

8.0 Comportamento ingestivo de ovinos e caprinos


A estrutura de uma pastagem é tida como a disposição horizontal e vertical em que a forragem apresenta-se aos animais (CARVALHO et al., 2001a). Segundo LACA e LEMAIRE (2000), a estrutura da pastagem é a distribuição e o arranjamento das partes das plantas acima do solo. Ela é variável com o genótipo, idade da planta, época do ano e manejo, influenciando diretamente o comportamento de ingestão de forragem (STOBBS, 1973).

Considera-se que a ingestão de MS pelos animais seja responsável por 60 a 90% das variações no seu desempenho, enquanto de 10 a 40% pode ser explicado pela digestibilidade da forragem (MERTENS, 1994). O alimento apreendido em cada bocado proferido é considerado uma unidade do consumo. A ingestão de MS dos animais em uma pastagem pode ser representada pelo produto da massa do bocado (g MS/bocado) x taxa de bocado (nº bocados/dia) x tempo de pastejo (horas/dia) (GORDON e LASCANO, 1993).

A altura das plantas e as densidades de folhas e colmos têm efeitos diretos no tamanho de bocado, principal componente da ingestão (FORBES, 1988). Os colmos, em plantas cespitosas tropicais, acumulam-se facilmente na fase de maior crescimento e na época de florescimento, tornando parte das folhas inacessível aos animais.

MINSON (1990) revisou os valores de consumo voluntário por ovinos alimentados com gramíneas tropicais e encontrou média de 46 g de MS/kg PV0,75, valor esse bem inferior aos 80 g de MS/ kg PV0,75, considerado como o consumo normal de uma forragem padrão.

HODGSON (1981) encontrou tamanho e taxa de bocado para ovinos pastejando azevém perene de 0,80-1,47 mg MO/kg PV e 38,7-46,7 bocados/minuto, respectivamente.

Todavia, em pastagens tropicais a massa de bocado normalmente é menor, o que pode levar a eventual compensação da taxa de bocado, em curto prazo, e do tempo de pastejo, em longo prazo, visando a não redução do consumo, apesar dessas estratégias apresentarem limite fisiológico.

PENNING et al. (1986) observaram maiores ganhos em cordeiros gêmeos e ovelhas quando aumentaram a disponibilidade de forragem. Com a redução da altura das plantas forrageiras abaixo de 9 cm, a taxa de bocados aumentou significativamente, chegando a 90 bocados/min. Quando a massa de forragem diminui, o tempo de pastejo aumenta em decorrência de período mais longo de procura e seleção de alimentos pelos ovinos e caprinos. Sendo a escassez de forragem muito grande, o animal prefere não pastejar, pois o gasto de energia para a procura de comida será muito grande, em uma situação de extrema fome (HODGSON, 1982).

Pretende-se obter, com o manejo racional de pastagens, uma boa produção de MS e alta densidade de folhas, proporcionando grande massa de bocados. Assim, os animais passariam menos tempo pastejando e mais tempo descansando, ruminando, reproduzindo, ou em atividades sociais, pois já atingiram o ponto de satisfação alimentar.

Conforme GORDON (2000), plantas com folhas muito grandes e largas podem alterar o comportamento ingestivo e reduzir o consumo por animais com área de boca pequena, como ovinos e caprinos. Esse efeito é conhecido como “efeito espagueti”, no qual o animal tem que manipular a folha para a formação do bolo na mandíbula, atrasando a mudança de estação alimentar (CARVALHO et al., 2001a).

O tempo de pastejo é uma estratégia de regulação da ingestão a longo prazo, em relação ao ajuste da taxa de bocado para a manutenção da saciedade alimentar, quando há variações na massa de bocado (GORDON e LASCANO, 1993). Em ovinos, o tempo de pastejo pode variar de 4,5 a 14,5 h/dia, concentrando-se em uma faixa que vai de 7 a 11 h/dia (ARNOLD, 1981).

A profundidade do bocado está positivamente relacionada à altura das plantas forrageiras, todavia negativamente à densidade de forragem, notadamente de folhas (GORDON e LASCANO, 1993). BARTHRAM e GRANT (1984) sugeriram que a profundidade de bocado pode ser limitada pela relutância do animal em adentrar os colmos. A inacessibilidade das folhas verdes pelos colmos maduros é acentuada em espécies forrageiras cespitosas tropicais mal manejadas ou em florescimento. A proporção de tecidos e os constituintes químicos influenciam a força necessária à apreensão e digestão pelos microrganismos do rúmen (EVANS, 1967), além de, provavelmente, a velocidade de redução do tamanho das partículas. O processo de seleção de forragem pelos animais prioriza a qualidade da forragem. Portanto, os atributos químicos, físicos e comportamentais são igualmente importantes.

Fonte: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM PRODUÇÃO ANIMAL
PROGRAMA DE OVINO-CAPRINOCULTURA DA BAHIA

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Leilão Brasileirão

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Pastagem para ovinos e caprinos 7

Prof. Dr. Danilo Gusmão de Quadros

6.0 Suplementação alimentar para ovinos e caprinos


A sazonalidade da produção forrageira concentra-se em nível superior a 80% na época quente e chuvosa do ano. O inverso observa-se na época seca, quando há acentuada redução quantitativa e qualitativa da forragem. Essa oscilação provoca conseqüências negativas do ponto de vista zootécnico, como altas taxas de mortalidade, baixo desempenho reprodutivo e baixa taxa de crescimento, aliados aos sérios problemas
sanitários. GUIMARÃES FILHO et al. (1982) e CHARLES et. al (1983) concluíram que a suplementação volumosa na época seca, mais mineralização e desverminação do rebanho, melhoraram a eficiência reprodutiva e o peso de cordeiros aos 240 dias de idade.

A demanda e suprimento de forragem devem ser equacionados no balanço do planejamento anual. Podem ser alternativas de volumosos suplementares para seca: pastagem reservada + suplemento protéico/energético no cocho, silagem de milho, sorgo, milheto, capim, etc (Foto 3), feno, cana-de-açúcar corrigida, capineiras, bancos de proteína, restos de cultura, subprodutos agrícolas, palma, mandioca, entre outras.

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As misturas minerais devem permanecer continua e ininterruptamente à disposição dos animais em cochos próprios. Se compararmos o consumo de forragem e o teor de elementos essenciais ingeridos, constataremos que alguns minerais não suprirão as exigências das diferentes categorias. Nas plantas forrageiras existem variações nos teores minerais com a espécie, o estádio de maturação da planta, a época do ano, o tipo de solo e o nível de adubações.

Pastagens com alta disponibilidade de forragem e bom valor nutritivo podem ser capazes de suprir os nutrientes necessários à manutenção e gestação, em relação aos teores de proteína e energia. Como geralmente as condições de nossas pastagens não são as ideais, podem-se fornecer suplementos para ovelhas em pré e pós-parto, pois evita distúrbios metabólicos, principalmente em partos duplos.

Deve-se ressaltar a importância da reserva de alimentos volumosos na fazenda, devido aos custos. Nesse planejamento, a área colhida será de acordo número de animais (expressos em UA1) e o período de arraçoamento, visando atender demanda de forragem o ano inteiro.


7.0 “Creep feeding” e “creep grazing” na alimentação de cordeiros e cabritos


A alimentação exclusiva e diferenciada das crias, seja ela concentrada (“creep feeding”) ou em pastagens (“creep grazing”), pode ser realizada para melhorar o ganho de peso dos borregos/cabritos e diminuir o tempo de abate, aproveitando a fase de maior eficiência alimentar dos animais e resultar em carne de melhor qualidade. Nas fêmeas, pode reduzir a idade à primeira cria, melhorando o giro de capital e velocidade de
melhoramento do rebanho, desde que economicamente viável.

 

Na Figura 2, está esquematizado um modelo de “creep grazing” com uma pastagem na qual só as crias têm acesso e um cocho para colocação de suplementos concentrados. A espécie forrageira plantada no “creep grazing” pode ser outra em relação à das matrizes. Pode adaptar o “creep feeding” para o fornecimento de feno de boa qualidade.

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Para os cordeiros e cabritos, o “creep grazing” (área de pasto ou cocho com alimentos volumosos de alta qualidade exclusiva as crias) pode ser usado com baixo custo e grande eficiência, podendo ser acrescido do “creep feeding” (cocho com alimentos concentrados), principalmente quando se deseja a terminação dos animais em confinamento ou quando o produtor é especializado em venda de cordeiros a terceiros.


A ração do “creep feeding” deve possuir alta digestibilidade que não leve ao acúmulo de material fibroso indigestível no rúmen. O farelo de soja e o milho são ingredientes importantes para dieta inicial. O farelo de soja apresenta aceitabilidade elevada e alta concentração de proteína e o milho moído fermenta rapidamente no rúmen.

O consumo de alimento sólido precoce acelera o tempo necessário a desmama e aumenta o desempenho. Os cordeiros devem comer alimentos sólidos o mais rápido possível, a partir do 12º dia de vida. A formulação para “creep feeding” não precisa ser complexa. Entretanto, ela deve conter os ingredientes que os cordeiros preferem, incluindo farelo de soja, milho e melaço que age como palatabilizante favorecendo o
aumento do consumo.

Fonte: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM PRODUÇÃO ANIMAL
PROGRAMA DE OVINO-CAPRINOCULTURA DA BAHIA

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pastagem para ovinos e caprinos 6

Prof. Dr. Danilo Gusmão de Quadros

Utilização de pastagens tropicais para a criação de caprinos e ovinos


Em geral, a utilização de pastagens naturais, principalmente a Caatinga, para criação de caprinos e ovinos, apresentam baixa capacidade de suporte (1 ovelha/ha), em contraste as artificiais, formadas de gramíneas, cujo potencial de produção pode suportar mais de 25 ovelhas/ha (SANTOS et al., 2002). A introdução de gramíneas melhorou significativamente a capacidade de suporte de caatinga raleada e rebaixada, pois apenas 7-10% dos 4000 kg MS/ha/ano da fitomassa produzida da vegetação é considerado forragem consumível, o restante é inaceitável e de baixo valor nutritivo (ARAÚJO FILHO, 1992; ARAÚJO FILHO e CARVALHO, 1997).

COOP (1982) classificou as pastagens intensificadas como aquelas de alta produção de MS/ha, boa distribuição estacional e alta taxa de lotação. Entretanto, é necessário manejo racional para alcançar bom nível de utilização da forragem produzida e de produtividade animal.

Os ovinos exercem maior seletividade pelas gramíneas, enquanto os caprinos comparativamente apresentam preferência alimentar por espécies vegetais de porte arbustivos (DEVENDRA, 2002).


Ao testarem doze capins tropicais para a criação de ovinos, BIANCHINI et al. (1999) notaram que os capins aruanã (P. maximum), hemartria (Hemarthria altissima) e coast-cross (C. dactilon) foram os mais viáveis para a criação desses animais. Nesse experimento, não ficou evidente a influência do porte, do hábito de crescimento, bem como do comprimento e da largura das folhas na aceitabilidade das plantas.

A taxa de lotação e o percentual de aproveitamento da forragem em uma pastagem influenciam diretamente o índice de contaminação por nematódeos, considerado o maior entrave da produção de pequenos ruminantes nos trópicos. Com maior número de animais/ha, ocorre a diminuição das áreas de rejeição de forragem ao redor das fezes, onde há maior concentração das larvas infectantes (GORDON, 2000).

Ao comparar o manejo de desfolha do capim-florakirk (Cynodon spp.) a 5, 10, 15 e 20 cm de altura, sob lotação contínua e carga variável de ovinos, CARNEVALLI et al. (2000) não obtiveram diferenças significativas no consumo de forragem (404 g MS/animal/dia), no ganho de peso por animal (41 g/animal/dia) e por área (3,4 kg/ha/dia). Todavia, esses autores afirmaram que a desfolha a 5 cm necessita de manejo cauteloso,
pois pode provocar degradação da pastagem.

O desempenho de cordeiros observados por MACEDO et al. (2000) foi de 106 g, em pastagens de capim coast-cross, sob lotação fixa de 20 animais/ha. Entretanto, o potencial da produção de carne de pequenos ruminantes em pastagens é maior. SOARES et al. (2001) observaram taxas de ganhos de peso diários de ovelhas lanadas mestiças superiores a 240 g no início da primavera, quando mantidas em pastagens de
capim-batatais (Paspalum notatum), demonstrando a possibilidade de elevação dos índices produtivos. GASTALDI et al. (2000) observaram acúmulo de forragem em uma pastagem de capim coast-cross, mesmo quando a mantiveram sob lotação contínua de 50 ovelhas/ha durante 90 dias, denotando altas capacidades produtivas, em áreas de boa fertilidade. Com boas condições climáticas e alta fertilidade do solo, as gramíneas tropicais apresentam alto potencial de produção (CORSI e SANTOS, 1995).

MINSON e HACKER (1995), ao avaliarem seis acessos de capim-buffel com diferentes digestibilidades e forças de cisalhamento para ovinos da raça Merino, não encontraram diferenças significativas no ganho de peso diário. Todavia, houve variação entre as estações de pastejo com média de 48,4 g/dia, considerando todos os acessos e as duas estações de pastejo. A energia para o cisalhamento foi inversamente correlacionada a digestibilidade, que, por sua vez, foi diretamente correlacionada ao desempenho dos animais.

No Estado de São Paulo, SILVA NETO (1973) utilizou pastagens de capim-pangola (D. decumbens) sob lotação contínua, com 4, 6, 8 e 10 borregos/ha, visando a produção de carne. Esse autor verificou que a maior produtividade foi alcançada na taxa de lotação mais alta. No mesmo propósito, RATTRAY (1987), ao analisar o aumento da produção de carne por hectare/ano de borregos desmamados de 280 kg, 312 kg e 346 kg, relativo às lotações de 16, 21 e 26 animais/ha, respectivamente, comentou que houve acréscimo no déficit de forragem nas estações de baixo crescimento das plantas forrageiras, com a elevação das taxas de lotação.

Ao mensurar o desempenho de caprinos da raça Cashmire em pastagens, McCALL e LAMBERT (1987) constataram variações conforme a estação do ano, podendo estacionar o crescimento ou perder peso de maio a junho, mas capazes de atingir ganhos de 70-80 g/dia e de 100-140 g/dia, no início do outono e primavera, respectivamente, nas condições australianas.

Caprinos mestiços leiteiros alimentados com 800 g/dia de feno de capim-Angola (Brachiaria mutica) e até 50% de palha de feijão, acrescido de 150 g/dia de suplemento concentrado (16% PB), ganharam cerca de 72 g/dia, demonstrando boa adaptação à dietas fibrosas (MOULIN et al., 1987).

A intensificação da produção em pastagens para a produção de caprinos e ovinos, com escolha adequada da planta forrageira, correção e adubação do solo e manejo eficiente, é importante por permitir maior produção e utilização da forragem, refletindo em maiores taxas de lotação e desempenho (ARAÚJO FILHO et al., 1999). Por outro lado, segundo NEIVA e CÂNDIDO (2003), o uso de altas lotações aumenta consideravelmente a infecção por nematódeos.

 

Fonte: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM PRODUÇÃO ANIMAL
PROGRAMA DE OVINO-CAPRINOCULTURA DA BAHIA

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dicionário de Pelagem

Recebi um e-mail e estou postando uma parte dele aqui, achei interessante pois muitos não sabem descrever a pelagem do animal quando tem que fazer um comunicado de nascimento à associação:

“Percebemos que a Academia Brasileira de Letras apresenta muitas falhas e omissões quanto ao vocabulário específico rural e enviamos, então, um "Minidicionário" com mais de 3.000 palavras para serem incluídas em próximos dicionários. A maioria, obviamente, distingue anotações realizadas nos sertões nordestinos. A língua é "viva" e admite a incorporação de palavras utilizadas pelos moradores dos imensos sertões brasileiros.”

Embora seja um texto longo, apresentamos a seguir, algumas anotações sobre as pelagens utilizadas no Brasil, tanto para bovinos, equinos, caprinos e ovinos.

Anotações sobre Pelagens

Agé - Marca que demonstra a qualidade do animal. Os agés são seis, de acordo com o ditado: "um agé é bom, dois é melhor, três é ruim, quatro é pior, cinco é brinco e seis é reis". Os quatro primeiros agés são as patas; o cinco é a estrela na testa e o seis é uma marca branca no pênis". Também Argel.

Alazã - Pelagem dos equinos, formada por um grande número de matizes, que vão de uma coloração aloirada até uma avermelhada, lembrando a canela, ou de uma coloração vermelha escura queimada, lembrando a cutícula da castanha, tendo sempre as crinas e as extremidades da mesma cor do corpo ou mais claras, nunca escuras.

Alazã - Pelos, crina e cauda de tonalidade vermelha, que pode variar de escura a amarela. A crina pode ser de tonalidade mais clara.

Alazã Amarilha - pelos de tonalidade amarela, que pode variar da clara à escura, com crina e cauda branca ou creme. Também chamada erroneamente de Palomina (nome de uma raça americana onde todos os animais registrados são portadores desta pelagem) e baia amarilha (geneticamente a pelagem alazã amarilha se relaciona com alazã e não com a baia).

Alazã Apalusa - pelagem alazã com malha despigmentada na garupa e pintas da pelagem na malha.

Alazã Apalusa Mantado - pelagem alazã com malha despigmentada na garupa atingindo o dorso, lombo, cernelha e costados com pintas da pelagem básica.

Alazã Cereja - pelos com tonalidade vermelha, lembrando a cor da cereja.

Alazã Clara - cabeça, pescoço, tronco e membros cobertos por pelos de tonalidade vermelha clara, com algumas áreas como membros, cauda e crina mais claras.

Alazã Pampa - malhas brancas sobre fundo alazão.

Alazã Persa - fundo com áreas de depigmentação, pintas de tonalidade vermelha.

Alazã Salpicada - cabeça, pescoço, tronco e membros de tonalidade vermelha, com interpolação de pelos brancos no tronco.

Alazã sobre Baia (acima de baia) - cabeça, pescoço e troncos amarelos, com crina, cauda e extremidades avermelhadas.

Alazã Tostada - pelos do corpo, crina e cauda de tonalidade vermelha escura, lembrando a cor do café torrado.

Alazã Tostada Apalusa Mantada - pelagem alazã tostada com malha branca na garupa que invade as regiões do dorso, lombo e flanco com pintas da pelagem básica.

Alazã Tostada Persa - fundo com áreas de depigmentação e manchas circunscritas da pelagem alazã tostada.

Alazão - pode variar sua tonalidade entre uma extensa gama de tons castanho-avermelhados. O mais escuro possui um tom quase arroxeado, enquanto que o mais claro é brilhante, possuindo um profundo tom ouro-avermelhado. Os alazões normalmente possuem marcas de tonalidades diversas. Podem apresentar crina, cauda e pintas castanhas ou negras, ou ainda, ter crina e cauda cor de palha dourada.

Alazão Amarilho -

Alazão chamalotado ou apatacado: Quando tem manchas mais claras e arredondadas.

Alazão Crinalvo Salpicado - pelagem composta

Alazão dourado: O típico com reflexos do ouro.

Alazão ruano: Quando tem a cauda e crina claras.

Alazão típico: O que tem a cor da brasa ou da cereja.

Alazão Tostado Crinalvo Apatacado -

Albino – Diz-se do animal sem pigmentação alguma na pele, nos pêlos, etc e que resulta da atividade de um gene pleitrópico.

Aleonada - Pelagem Simples alazã, quando é de um tom amarelo-claro, com as extremidades mais carregadas, lembrando o leão.

Alto calçado - Cavalo que mostra a cor branca alcançando os joelhos e jarretes.

Amarela - pelagem de gado.

Amarela chitada - pelagem típica de Gir.

Amarela gargantilha - pelagem típica de Gir.

Amarelo cobre - pelagem típica de Gir. Condenada.

Amarilha - Pelagem Simples baia, também chamada Pelagem Amarela, de tonalidade dourada, lembrando a gema de ovo. Obrigatoriamente a crina e cauda são mais claras, razão por que também é conhecido como Baio Ruano. Também chamado de Baio Marinho ou Palomino.

Andorina - Ver Pelagem Tordilha.

Apalusa - Qualquer pelagem que apresentar malha branca despigmentada na garupa será designada de Apalusa. Essa malha poderá se estender atingindo outras regiões do tronco (dorso, lombo, costados, cernelha, espáduas) e poderá apresentar ou não pintas da pelagem básica. O potro pode não ter a pelagem apalusa claramente evidenciada ao nascimento, mas há quatro sinais que quando observados no eqüino jovem caracterizam esta pelagem: 1 – esclerótica facilmente visível, 2 – cascos rajados ou mesclados, 3 – áreas de despigmentação em determinadas regiões da cabeça. O animal apresentará um padrão borrado de pele pigmentada e não pigmentada principalmente em volta dos olhos e focinho, 4 – despigmentação na região anal, órgãos genitais e às vezes na vulva. Essas regiões apresentarão áreas de despigmentação, lembrando um mapa irregular de pele clara e escura. Animais que não apresentarem a pelagem apalusa característica, mas apresentarem essas quatro características, poderão ter filhos de pelagem apalusa. Essa é característica de uma raça de eqüinos dos EUA, denominada Appaloosa, onde a dominância sobre a garupa, podendo estender-se a todo o exterior do animal (Leopardo).

Apalusa Mantada - Com manta. Refere-se a pelagem que apresenta uma área, sem limite, branca sólida, normalmente na garupa e outra(s) região(ões) do tronco. Esta malha poderá ou não apresentar pintas da pelagem básica. Na resenha deverá ser especificada a presença ou não de pintas e quais as regiões do corpo do animal são atingidas por essa malha. Pelagem preta com malha branca na garupa, dorso, lombo, cernelha, espádua e costados com pintas da pelagem básica.

Apalusa Nevada - Com “neve”. Pelos claros e escuros na região da garupa podendo atingir todo o corpo. As áreas de pelos brancos são semelhantes a flocos de neve.

Apatacada - com forma de patacas.

Araçá - Particularidade de pelagem em bovinos, que consiste na presença de pêlos castanhos ou escuros formando pequenas listas ou raias transversais ao comprimento do corpo do animal. Depende um gene recessivo. Nome da pelagem de bovino caracterizada por estrias verticais, com gradação em várias cores, como na raça Normanda.

Argel - Cavalo que exibe apenas um membro calçado.

Arminhado - Calçamento com malha escura (preta ou castanha), arredondada.

Arregaçada - marca clara que sai do membro e penetra na região do tronco. Mais comum em animais multicoloridos.

Arregaçado - Cavalo que mostra a cor branca ultrapassando os joelhos e jarretes, alcançando os antebraços e pernas.

Azeviche - Pelagem Simples baia, tipo preto, quando a coloração preta dá um reflexo brilhante. Alguns hipólogos consideram o preto azeviche não como "tipo", mas sim como particularidade do Preto Murzelo, ou Preto Franco.

Azulega - Pelagem que resulta da presença de pêlos escuros na Pelagem clara dos bovinos, dando-lhe uma tonalidade escura esfumaçada.

Azulega - Ver Pelagem Tordilha.

Baia - Caracterizada pela presença de pelos de tonalidade amarela (varia do claro ao bronzeado) na cabeça, pescoço e tronco, com crina, cauda e extremidades pretas.

Baia - Caracterizada pela presença de pelos de tonalidade amarela (varia do claro ao bronzeado) na cabeça, pescoço e tronco, com crina, cauda e extremidades pretas.

Baia - Pelagem Simples de equino, com crina, cauda e extremidades claras. Todas as variedades de Baio Simples podem apresentar, ou não, listras de mulo, banda crucial e zebruras, embora sejam, algumas vezes, um tanto apagadas.

Baia Cabo-Negro - Pelagem Composta Castanha, formada pela gama de pêlos claros amarelados da cor da palha de trigo até a gama bem escura do bronzeado. Divide-se em Claro ou Palha (cor da palha de trigo), Ordinária (parecida com brim cáqui), Escura (tom amarelo bem carregado), Encerado (amarelo sombrio, lembrando cera bruta), Camurça (Isabel) (amarelo claro lembrando branco encardido) e Gateado (com todas as nuances).

Baia Clara - pelos de tonalidade amarela clara, com crina, cauda e membros pretos.

Baia Clara Apatacada - formada de pelos amarelos claros, com manchas arredondadas delimitadas na superfície lembrando patacas (moedas antigas). Apatacado não é uma variedade exclusiva da pelagem baia, pois pode ocorrer nas outras pelagens.

Baia Encerada - formada de pelos amarelos escuros, lembrando a cor de cera natural.

Baia Escura - a tonalidade do amarelo é escura, quase marrom. Diferencia-se da pelagem castanha clara porque o marrom, da baia escura, é amarelado e na castanha é avermelhado.

Baia Palha - pelos amarelos bem claros, lembrando a coloração da palha do milho.

Baio - o cavalo baio não é muito comum. Um bom baio deve apresentar cauda e crina prateadas. Embora sejam atraentes, os baios, como acontece com animais de tonalidade pouco vibrante, não são muito indicados para a equitação em geral.

Baio achamalotado ou apatacado: Quando apresenta manchas redondas e mais claras do que o resto do corpo.

Baio amarelo: É como uma gema de ovo, quando estendida numa porcelana branca.

Baio branco ou claro: É uma tonalidade de creme desmaiado.

Baio cabos negros: Quando tem as extremidades dos membros, da cauda e a crina escuras.

Baio cebruno: Também escura, levando no corpo manchas mais escuras do que o baio encerado.

Baio dourado: quando tem reflexos do ouro.

Baio encerado: Quando tem a cor mais escura, parecendo-se com a cera virgem.

Baio ovo de pato: Quando tem uma cor amarelado creme. Sua crina, cauda e cascos também são cremes.

Baio ruano: é um baio com a cauda e crina claras.

Baixo calçado - Cavalo que mostra a cor branca descendo até o boleto.

Barroca - (Pronúncia: Barrôca) Pelagem rosácea ou barrosa.

Barrosa - pelagem conenada na raça Gir.

Barrosã - Raça bovina portuguesa que também entrou no Brasil.

Barroso - Nome que se dá ao bovino cuja pelagem é melada, quase alaranjada, avermelhada, imitando barro.

Bebe-em-branco - Nome que se dá ao cavalo que apresenta um dos lábios ou ambos na coloração branca, devendo isto ser esclarecido na resenha.

Bebe-em-branco - Nome que se dá ao cavalo que apresenta um dos lábios ou ambos na coloração branca, devendo isto ser esclarecido na resenha.

Bebe-em-branco - quando os lábios e região limítrofe forem claros.

Beta - Marca clara entre as narinas. Também “Ladre”.

Beta - Pinta branca que corre entre as narinas do cavalo.

Boca-de-Leite - quando as narinas e região limítrofe for clara.

Bocalvo - quando a região da boca for clara.

Bracelete - mancha clara ou escura ao redor da parte baixa da canela.

Braga - faixa ou malha despigmentada na parte baixa do animal (região abdominal).

Bragado - Cavalo que apresenta malhas brancas no terço posterior do ventre e nas partes internas das coxas.

Bragado - Cavalo que apresenta malhas brancas no terço posterior do ventre e nas partes internas das coxas.

Braiada - Expressão sertaneja para indicar um caprino com influências raciais diversas. "Braiada" deve ser corruptela de "embaralhada". Ver Disbraiada.

Branco - os cavalos brancos podem ser tordilhos muito velhos, cuja pelagem tende a embranquecer com a idade, ou albinos, caso em que possuem olhos rosados e pele sem pigmentação. Os cavalos conhecidos como brancos são, de fato, tordilhos na maioria dos casos.

Branco albino, melado ou rosado: Quando há uma despigmentação congênita, inteira ou arcial, das pestanas e da íris. Sua pelagem tem reflexos rosados. É sensível ao sol.

Branco mosqueado: O que leva pelo corpo, em forma irregular, pontos pretos do tamanho de uma mosca.

Branco porcelana: O que tem manchas pretas, as quais, por transparência, por meio dos pêlos brancos, produzem reflexos azuis da porcelana.

Cabeça de mouro - Cavalo que apresenta uma mancha escura - pêlos mais escuros ou pretos - em toda a cabeça.

Calçado - Cavalo que exibe a cor branca nos membros, bem delimitada, nas pelagens que não incluem o branco nestas partes.

Calçado alto - marca que inicia na coroa e atinge ou ultrapassa o joelho ou jarrete.

Calçado baixo - ou Baixo Calçado. marca situada entre a coroa do casco e o boleto.

Calçado em diagonal - Cavalo que exibe o calçamento em diagonal, devendo ser esclarecido apenas qual o anterior que forma a diagonal.

Calçado médio - marca que inicia na coroa e termina abaixo do joelho/jarrete.

Calçado sobre coroa - Cavalo que mostra a cor branca apenas na circunferência da coroa do casco.

Calçado sobre coroa - parte clara sobre a região da coroa do casco.

Calçamento - As marcas brancas, bem delineadas e com pele despigmentada, nos membros.

Calçamento completo - quando atinge todo o membro do animal.

Calçamento diagonal - quando a parte clara está situada em membros diagonalmente opostos.

Calçamento incompleto - quando não atinge todo o membro do animal.

Calçamento lateral - quando a parte clara está em um dos lados do membro.

Camurça - Pelagem Simples baia, pouco encardida. Também chamada Pelagem Encardia, ou Pelagem Isabel, lembrando a princesa austríaca Isabel Carla Eugênia que governou os Países Baixos de 1601 a 1604, prometendo que somente trocaria de roupa depois que terminasse o cerco de Ostende - o que aconteceu oito meses depois.

Cana-preta - Cavalo com as canelas pretas nas pelagens que não as incluem.

Cascalvo - Cavalo que apresenta somente os cascos brancos.

Cascalvo - Cavalo que apresenta somente os cascos brancos.

Casco branco - coloração anormal para cascos de animais em regime de muita insolação, mas natural em região fria (neve).

Casco marfinizado - Diz-se do casco amarelado, admissível e até comum em muitas espécies animais. Também Marfinizado.

Casco mesclado -

Casco mole - Diz-se do casco branco, considerado frágil, sendo evitado na maioria das espécies animais.

Casco negro - coloração normal de animais em ambientes rústicos.

Casco rajado - manchas claras no casco.

Casco tigrado - Diz-se do casco que apresenta listras verticais negras. Geralmente em equinos.

Castanha - Pelagem Composta, formada pelo pêlos avermelhados no corpo, com intensidades diversas, com crina, cauda e membros negros. Divide-se em Clara (vermelho meio amarelado), Ordinária (cor de castanha madura), Escura Cereja ou Zaina (aproxima-se do preto pezenho, mas com tons mais claros em certas regiões como focinho, axilas, ventre, flanco e períneo. Zaino significa "ausência de pêlos brancos", mas - nesse caso - significa castanho-escuro. Também as variedades Pinhão e Vermelho Sanguíneo.

Castanha - Presença de pelos vermelhos na cabeça, pescoço e tronco, lembrando a cor da castanha madura, com crina, cauda e extremidades pretas.

Castanha Clara - o vermelho da pelagem é de tonalidade clara com crina, cauda e membros pretos, sendo que a tonalidade preta dos membros pode não atingir toda a canela.

Castanha Escura - o vermelho da pelagem é de tonalidade escura com crina, cauda e membros pretos.

Castanha Pampa - fundo castanho com manchas avermelhadas.

Castanha Pinhão - pelagem de tonalidade vermelha bem escura, quase preta. Pode ser diferenciada da preta maltinta avaliando-se a cabeça, que na castanha pinhão tem predominância de pelos vermelhos e na preta maltinta é coberta de pelos pretos.

Castanha Zaina - pelagem castanha escura ou pinhão que não apresenta particularidades na cabeça e nos membros.

Cebruno ou barroso: Com a tonalidade mais escura do que a do baio cebruno, parecendo-se com a cor do elefante.

Celhado - animal com cílios brancos.

Celhado - Pêlos brancos que aparecem nas sombrancelhas de um cavalo.

Cereja - Pelagem Simples alazã, quando a coloração lembra a cereja madura.

Chita – Pequena mancha de margem pouco definida ou indefinida na pelagem do animal.

Chitada – Animal com pelagem com "chitas", ou chuviscos, salpicos, de coloração variada. O mesmo que “chuviscada. Pelagem própria da raça Gir e pequenos ruminantes, que consiste na presença de pequenas manchas numerosas de pêlos vermelhos, em fundo branco ou rosilho. O mesmo para chita vermelho. Diz-se vermelho chitado quando o fundo é vermelho e as manchas são de pêlos brancos. Reproduz-se parcialmente no Girolando e outras raças.

Chitada de amarelo - pelagem típica de Gir.

Chitada de vermelho - pelagem da raça Gir.

Clara - É a pelagem Simples alazã, quando a cor é loira, clara e pálida.

Colorada - Pelagem Simples alazã, quando a coloração é de um vermelho vivo, lembrando o sangue de boi. Também Pelagem Vermelha ou Pelagem Sanguínea.

Colorado pinhão: Tem a cor do pinhão.

Colorado típico: É avermellhado com o tom claro.

Com embornal - Designação que se dá ao cavalo que apresenta uma mancha clara abrangendo apenas a parte inferior da cabeça.

Composta - Pelagem de equinos formada por pêlos bicolores misturados, com crina e cauda diferentes.

Conjugada - Também chamada de Pelagem Justaposta, apresenta malhas e pintas de contorno irregular, mescladas com branco, nos equinos. Divide-se em Tobiano ou Pampa e Pintada.

Cordão - É o filete, quando encorpado, saliente. Também “Listra”.

Cordão - Fina mancha branca - mais larga que o filete - que se estende da fronte ao chanfro do cavalo, e até as narinas às vezes, podendo ser interrompido ou desviado.

Cordão - Fina mancha branca - mais larga que o filete - que se estende da fronte ao chanfro do cavalo, e até as narinas às vezes, podendo ser interrompido ou desviado.

Crinado - Cavalo que apresenta a crina branca ou desbotada. Particularidade comumente encontrada na pelagem alazã, variedade amarilho.

Crinalvo - crinas brancas em animal alazão.

Debrum - Filete mais claro que volteia os lábios de algumas raças de bovinos, como o Guzerá e o Pardo-Suíço. Ou mais escuro que volteia a orelha de animais claros, como o Nelore.

Douradilho -

Douradilho pangaré: É o que tem o focinho, axilas e ventre mais claros.

Douradilho: É um colorado desmaiado com reflexus dourados.

Embandeirado - Rabo levantado e voltado para a direita ou esquerda através de uma intervenção cirúrgica, denominanda "niquitagem", feita com o objetivo de imprimir mais elegância no animal ou por fraude, quando se quer dar a característica inata do árabe puro em cavalos mestiços ou comuns.

Encerada - Pelagem Simples baia, quando o amarelo é mais sombrio, lembrando a cera bruta.

Entrepelado: O que tem uma mescla de pelagens diferentes, formando assim um total indefinido.

Escorrida - Mancha branca na fronte do cavalo, alongada. Variação de Estrela.

Escura - Pelagem Simples baia, quando a tonalidade do amarelo é mais carregado.

Espada Romana - nome de espiga quando situada no pescoço do animal.

Espigada - direção irregular dos pelos, em forma alongada como uma espiga.

Estrela - Mancha branca na fronte do cavalo, podendo ter várias formas: em coração, em losango, em meia lua, em U. Pode ser "escorrida".

Estrela - marca de estrela na testa. Também há “Meia-Estrela” e “Estrela em triângulo”. Também “Flor”.

Estrelinha - Pequena pinta branca na fronte do cavalo.

Estrelo - Animal que tem "estrela" na testa (marca clara).

Façalvo - Malha branca sobre as faces laterais da cabeça do cavalo ou somente sobre um dos lados, esquerdo ou direito.

Faixa crucial - Cavalo que apresenta uma faixa escura cortando transversalmente a cernelha, geralmente de pelagem vermelha, alcançando as espáduas.

Faixa crucial - quando há uma malha na parte baixa do animal (região abdominal).

Filete - Estreito fio de pêlos brancos que escorre pela fronte ou chanfro do cavalo.

Filete - Mancha alongada, estreita, na fronte e chanfro do animal.

Frente aberta - Nome dado ao cordão que se alarga tomando todas a frente da cabeça do cavalo e indo até a região das narinas.

Frente-aberta - Quando o cordão alarga-se tomando boa parte da fronte e chanfro.

Gateada - Pelagem baia Simples dos equinos, com membros, crina e cauda da mesma cor, desde o matiz palha de milho até as nuances mais carregadas, apresentando quase sempre listra de mulo, banda crucial e gateaduras. Divide-se em Clara, Ordinária, Escura e Ruiva. Os gaúchos consideram a Pelagem Gateada como tipo e não como variedade baia.

Gateada - Pelagem Simples alazã, quando a tonalidade amarelo-clara desce uniformemente para os membros, geralmente acompanhada de "gateaduras" pelas canelas, antebraços e jarretes, bem como de listra de mulo e banda crucial - quase sempre apagadas. Também Pelagem Lavada ou Pelagem Sopa-de-Leite.

Gateado osco ou pardo: É mais escuro que o típico, assemelhando-se ao gato pardo.

Gateado pangaré: O que tem o focinho, as axilas e o ventre com a pelagem mais clara.

Gateado ruivo: O que tem a cauda e a crina aproximada a cor do fogo.

Gateado típico: É um baio escuro acebrunado nas quatro patas e com uma linha escura, que vai da cernelha à garupa, com aproximadamente dois dedos de largura.

Jaguanês - Gado bovino leiteiro, negro, com linha dorsal, cauda, pernas e ventre brancos.

Jaguanesa - Designação da pelagem preta com dorso e ventre branco, nos bovinos. Também raça em formação, 5/8 Pinzgauer x 3/8 Zebu. Também denominada “Jaguané”. Animal Jaguanês ou Jaguané.

Lavra - Mancha de forma irregular, com linhas retas. Bordas bem definidas.

Lavrado - Bovino, caprino ou ovino de pelagem multicolorida, com manchas longitudinais.

Listra de burro - Cavalo que apresenta uma listra estreita, mais escura que a pelagem, que se estende ao longo da linha dorsal, indo da cernelha à base da cauda.

Listra-de-burro - quando a faixa escura percorrer a espinha. Da cernelha até a base da cauda.

Lobuna -  Caracterizada pela interpolação de pelos amarelos e pretos. Essas duas tonalidades podem também estar presentes no mesmo pelo. Na cabeça há predomínio de pelos pretos.

Lobuna - esta é a tonalidade dos cavalos e asnos pré-históricos. Várias raças mantêm essa pelagem hoje em dia e ela pode ser muito atraente, especialmente se houver pontos negros. O lobuno-dourado possui um tom levemente puxado para o tom de areia, enquanto a pelagem do lobuno-azulado é uma espécie de preto lavado, empalidecido, lhe dando reflexos azulados. A maioria dos cavalos lobunos possui uma listra sobre o dorso.

Lobuna - Pelagem Composta, amarelo na base e preto na extremidade, dando uma coloração pardo-acinzentada. Sendo tosquiado, ficará baio (amarelo). Divide-se em Clara, Ordinária e Escura, de acordo com o tom pardo final. Também é chamada de Libuna ou Lobeira.

Lobuna Clara - predomínio de pelos amarelos.

Lobuna Escura - predomínio de pelos pretos.

Lobuno claro: Quando se parece com a plumagem de uma pomba.

Lobuno escuro: Quando mais escuro do que o lobuno claro.

Lunarejo - Diz-se do cavalo que tem qualquer mancha ou sinal no pêlo, de modo a ser facilmente distinguido dos outros animais do mesmo pêlo ou semelhança.

Luzeiro - Malha clara na fronte do cavalo, podendo ser também "escorrido".

Luzeiro - Malha clara na fronte do cavalo, podendo ser também "escorrido".

Luzeiro - Mancha evidente na fronte.

Malacara - Quando a mancha clara tomou conta da maior parte da fronte, chanfro e frente.

Malha - Mancha bem definida nas bordas. Geralmente arredondada.

Malhada - Diz-se da pelagem conjungada, de certas raças bovinas, como a Holandesa malhada de preto e malhada de vermelho. A expressão “preta e branca” é tecnicamente errada (Domingues, 1961, p.387).

Maltinha - Pelagem Simples baia, tipo preto, dando impressão de desbotado, com laivos ruços, lembrando o pez negro. Também conhecida como Pelagem Macaco ou Pelagem Pezenha.

Manalvo - Cavalo que exibe somente os membros anteriores calçados.

Manalvo - mesmo tipo de calçamento nos dois membros anteriores.

Médio calçado - Cavalo que mostra a cor branca abrangendo qualquer parte da canela.

Meísta - Animal ou raça caprina cuja pelagem é dividida ao meio, explicando o nome.

Mil-Flores - Ver Pelagem Rosilha Alazã.

Moura - Pelagem Composta, formada pela mistura de pêlos brancos sobre um fundo escuro, fazendo lembrar a cor mais ou menos acentuada "ardósia", caracterizado pela cabeça e extremidades negras. Divide-se em Claro (cor cinzenta clara), Ordinário (a cor acinzentada é intermediária entre o claro e escuro) e Escuro (menor presença de pêlos brancos na mistura).

Moura - Pelagem na qual o corpo é branco, ou quase, e a cabeça é escura (mouro claro). Ou com outras partes também escuras no corpo (mouro escuro).

Moura clara - pelagem típica de Gir. Predominância de branco com orelhas e cabeça total ou parcialmente pretas.

Moura de vermelho - pelagem típica de Gir. Também rosilha clara.

Moura escura - pelagem típica de Gir. Predominânica da cor escura com cabeça e orelhas pretas.

Mouro claro: É um gris azulado.

Mouro negro: Se parece com o tordilho negro, com tonalidade azulada.

Murzelo - Pelagem Simples baia, tipo preto, com laivos arroxeados, como a amora madura. Também chamada de Pelagem Franca.

Negro - Apesar de ser atraente, muitas pessoas sentem-se predispostas contra ele por causa de sua fama de ser indigno de confiança. Outro motivo para a prevenção, possivelmente, reside no fato de os cavalos negros terem sido sempre usados nos funerais, antes do aparecimento do carro funerário motorizado.

Ordinária - Pelagem Simples alazã, quando a cor é de canela.

Ordinária - Pelagem Simples baia, quando o amarelo é o intermediário entre o Palha e o Escuro.

Oveira - Malhas de despigmentação em fundo de qualquer pelagem. Essas malhas apresentam contorno irregular e não são bem delimitadas como na pelagem pampa, mas se infiltram com a pelagem de fundo. As áreas brancas incluem grande parte (ou a totalidade) da cabeça, podem atingir as faces laterais do pescoço, costados, ventre e flancos, porém nunca cruzam a linha dorsal. Na maioria dos cavalos, a área pigmentada é mais extensa que a branca, e a cauda normalmente é de uma só cor.

Oveiro - os cavalos oveiros podem ser do tipo piebald quando possuem pelo branco coberto por manchas negras grandes e irregulares; skewbald, se as manchas forem castanhas, escuras ou avermelhadas, sobre um fundo também branco; e add-coloured, caso as manchas de duas ou mais tonalidades estão presentes sobre o fundo branco. Os animais oveiros são muito procurados pelos circos.

Oveiro azulego: É um mouro claro com manchas brancas.

Oveiro bragado: Quando em qualquer pelagem portam manchas isoladas no baixo ventre.

Oveiro chita: É overo com manchas brancas salpicadas num fundo rosilho.

Oveiro chita: É overo com manchas brancas salpicadas num fundo rosilho.

Oveiro de índio: Qualquer pelagem com manchas de tamanho médio.

Palha - Pelagem Simples baia, quando se parece com a cor da palha do trigo. Também Pelagem Clara.

Palomino - Denominação do cavalo com Pelagem Baia Amarilla.

Palomino - Denominação do cavalo com Pelagem Baia Amarilla.

Palomino ou baio branco - os palominos têm uma coloração dourado-clara, não apresentam marcas em seu pelo e suas crinas e caudas são abundantes e soltas, quase brancas. A tonalidade varia de acordo com as estações do ano. A pelagem se torna mais clara, quase branca, durante o inverno, voltando a aparecer o tom dourado com o renascimento da pelagem de verão.

Palpação, apalpação – Ato de verificar lesões no animal com a mão.

Pampa - Conjugação de malhas brancas despigmentadas, bem delimitadas, em qualquer outra pelagem. A designação pampa precede o nome da pelagem de fundo, se a proporção de malhas brancas for maior, ou deve vir depois do nome da pelagem de fundo, se as malhas brancas estiverem em menor proporção.

Pampa - Ver Pelagem Tobiana.

Pampa de Alazã - pelagem alazã sobre fundo branco.

Pampa de Castanha - pelagem castanha sobre fundo branco.

Pampa de Preto - pelagem preta sobre fundo branco.

Pampa de Tordilha - pelagem tordilha sobre fundo branco despigmentado (róseo).

Pampiana - Pelagem ou raça bovina formada pelo cruzamento entre fêmeas Tabapuã (3/8) com touros Hereford e Polled Hereford (5/8), no Rio Grande do Sul. Também denominada Santa Clara, Braford. Pelagem avermelhada, manchada de branco.

Pangaré - Cavalo que apresenta a parte inferior do ventre, face interna das coxas e outras partes do corpo, esbranquiçadas.

Pangaré: Quando descolorido em algumas regiões do corpo, sobretudo nas partes inferiores, destacando-se nas axilias, focinho e ventre, seu descolorido se assemelha a cana da Índia.

Patacado - Nome de animal com pelagem "patacada", ou com patacas: pequenas manchas coloridas. Também Tartarugado.

Pedalvo - Cavalo que exibe somente os membros posteriores calçados.

Pedalvo - mesmo tipo de calçamento nos dois membros posteriores.

Pedrês - Ver Pelagem Tordilha.

Pelo de Rato - Caracterizada pela presença de pelos cinza na cabeça, pescoço e tronco, lembrando a cor do rato de esgoto, com crina, cauda e extremidades pretas. Esta pelagem não é encontrada nos eqüinos (cavalos e éguas), só ocorre nos asininos (jumentos) e muares (burros e mulas), bovinos e pequenos ruminantes.

Persa - Pelagem de pelos brancos, com deficiência de pigmentação na pele e pequenas malhas circunscritas de outra pelagem distribuídas por todo o corpo do animal. Apesar de ser classificada como tipo diferente da pelagem apalusa, publicações recentes revelam que geneticamente essa pelagem é uma variedade da apalusa. Nas raças de pôneis, quando a malha com pintas atinge todo o corpo do animal, a pelagem é denominada Persa.

Pinhão - Pelagem Composta Castanha, quando se parece com o matiz particular do pinhão (freqüente nos muares).

Pintada - Pelagem Conjugada, formada por pequenas malhas ou pintas escuras (pretas, avermelhadas, alazãs ou castanhas), justapostas no fundo predominante branco, dando a impressão de que foram artificialmente pintadas. O cavalo persa, muito apreciado como animal de circo, caracteriza-se por este tipo de pelagem, formando pintas escuras, pequenas, porém bem destacadas, justapostas no fundo branco, baio, tordilho, alazão e castanho-claro. Divide-se em Pintado de Castanho, Pintado de Vermelho, Pintado de Alazão, Pintado de Preto (como o Persa e o Appalloosa).

Pintado - os cavalos pintados spotted podem possuir manchas de qualquer tonalidade e dispostas da maneira mais variada possível. Como são raros, seu preço é muito alto. Leopardo-pintado é o termo dado ao animal que apresenta manchas negras e bem definidas, uniformemente espalhadas sobre um fundo branco.

Pitoco - Rabo cortado, sendo a designação de suro mais empregado para aves.

Pombo - Também chamada Pelagem Leite. É a pelagem Simples branca, quando a coloração é fosca, sem brilho.

Pombo - Ver Pelagem Tordilha.

Porcelana - É a pelagem Simples branca, quando a pele é escura, dando um reflexo azulado, que faz lembrar a porcelana - em equinos.

Preta Apalusa Nevada - pelagem preta com pelos brancos na região do tronco. Esses pelos são esparsos e imitam flocos de neve.

Preta Azeviche - pelos pretos de tonalidade forte, com reflexos azulados.

Preta Maltinta - é a pelagem preta com reflexos avermelhados nas regiões do flanco e axilas, mas com a cabeça de tonalidade preta.

Preta Pampa - malhas brancas sobre fundo preto.

Preta Persa - fundo branco com manchas circunscritas de tonalidade preta espalhadas pelo corpo.

Preta - Pelagem Simples baia, em equinos, formada por pêlos pretos, que vão de um preto desbotado até um preto de intenso brilho. Divide-se em Maltinho (Pezenho ou Macaco), Ordinário, Murzelo (Franco) e Azeviche.

Preto azeviche: Preto vivo com reflexos brilhantres.

Preto Maltinto Crinalvo - preto maltinto com crina alva.

Preto típico: Tem a tonalidade semelhante ao carvão.

Quatralvo - Cavalo que exibe todos os membros são calçados.

Quatralvo - quatro membros com o mesmo calçamento.

Queimada - Pelagem Simples alazã, quando lembra o café torrado, bastante carregado.

Rabicano: Quando nas caudas escuras tem pelos brancos na sua base.

Rabicão - Cavalo que apresenta fios brancos na cauda interpolados com outros mais escuros.

Rabicão - Cavalo que apresenta fios brancos na cauda interpolados com outros mais escuros.

Rabicão armilho -

Rafê - É o nome para a linha que "solda" as duas metades de algo. No caso dos bovinos, o rafê está presente na soldadura da bolsa escrotal e também no "cordão" claro que une as duas nádegas.

Rafê - É o nome para a linha que "solda" as duas metades de algo. No caso dos bovinos, o rafê está presente na soldadura da bolsa escrotal e também no "cordão" claro que une as duas nádegas.

Rafé - Linha central do períneo; região entre os testículos ou úbere e o reto. O mesmo que rego.

Rafé - Linha central do períneo; região entre os testículos ou úbere e o reto. O mesmo que rego.

Raiano - Gado bovino cuja pelagem mostras raias coloridas.

Raiano - Gado bovino cuja pelagem mostras raias coloridas.

Rato - Pelagem Composta Castanha, formada por pêlos de uma cor cinza-pardacenta, semelhante ao rato, no corpo, e extremidades escuras. Divide-se em Clara (cinza-pardacenta-clara), Ordinária (cinza-pardacenta mais acentuada) e Escura (cinza-pardacenta bem carregada).

Rodopio - Direção dos pelos, imitando um rodopio.

Rosilha - Caracterizada pela interpolação de pelos brancos nas diversas pelagens. Esses pelos brancos são menos evidenciados na cabeça. Os potros já nascem rosilho, mas raramente podem apresentar ao nascimento pelagens uniformes e a interpolação de pelos brancos acontecerá mais tarde. As variedades mais comumente encontradas se caracterizam pela ação do gene do rosilho em outra pelagem qualquer. Pode ainda ser classificada como clara (predominância de pelos brancos no pescoço e tronco) ou escuras (predominância de pelos da pelagem de origem).

Rosilha - Pelagem Composta, formada pela mistura de pêlos brancos, num fundo de pêlos amarelados ou alazões, vermelhos ou castanho-escuros, que dão ao conjunto matizes róseos. Rosilho branco, ou rosado, propriamente dito, é uma pelagem rosilha, muito clara, que não se enquadra nos dois subtipos de rosilho citados, por apresentar fundo branco (claro) com interpolação de pêlos avermelhados ou amarelados, mostrando, via de regra, despigmentação das aberturas naturais (melado) e oferecendo variedades, consoante a maior ou menor intensidade da mescla de pêlos vermelhos e amarelos. Divide-se em Alazão e Castanho ou Ruão.

Rosilha Alazã - pelagem alazã com interpolação de pelos brancos no pescoço e tronco.

Rosilha Alazã - Pelagem Composta que se divide em Clara (predominância de pêlos brancos sobre o fundo alazão desbotado, dando impressão rosada), Ordinária (francamente rósea), Escura (predominância de pêlos alazões ou avermelhados), Mil-Flores (os pêlos brancos formam tufos sobre o fundo alazão, dando a impressão de flores brancas) e Flores-de-Pessegueiro (os pêlos alazões são mais claros, interpolados com pêlos brancos, lembrando a flor de pessegueiro. É contrária à Pelagem Mil Flores).

Rosilha Baia - pelagem baia com interpolação de pelos brancos no pescoço e tronco.

Rosilha Castanha - pelagem castanha com interpolação de pelos brancos no pescoço e tronco.

Rosilha Castanha - Também chamada de Pelagem Rosilha Ruã. Pelagem Composta que se divide em Clara (com os pêlos brancos predominando sobre o fundo castanho claro, prateado); Ordinária (quando o branco e os matizes avermelhados do fundo castanho equilibram-se), Escura (quando os pêlos brancos são em menor quantidade que os matizes castanhos do fundo) e Vinhosa (os pêlos brancos estão sobre um fundo castanho-vermelho, lembrando um vinho tinto).

Rosilha clara - pelagem típica de Gir.

Rosilha Preta - pelagem preta com interpolação de pelos brancos no pescoço e tronco.

Rosilho - é o termo usado para denominar os animais com duas ou mais pelagens misturadas, que podem possuir diversas tonalidades dependendo da proporção dos vários pelos que as compõem. O rosilho avermelhado é constituído por pelo vermelho, amarelo e branco; o rosilho-azulado, por pêlo negro, amarelo e branco; o rosilho-alazão, por pelo castanho, amarelo e branco.

Rosilho abaiado: Quando tem pelos amarelados entre o vermelho e o branco.

Rosilho claro ou prateado: Quando predominam os pelos brancos sobre os vermelhos.

Rosilho colorado: Quando predominam os pelos vermelhos sobre os brancos.

Rosilho gateado: É um gateado com pelos brancos.

Rosilho mouro: É uma mescla entre pelos vermelhos, brancos e pretos.

Rosilho overo: Quando dentro da pelagem rosilha tem manchas brancas.

Rosilho tostado: Quando tem pelos tostados em lugar dos vermelhos.

Ruã - Ver Pelagem Rosilha.

Ruão - Interpolação de pelos vermelhos, pretos e brancos. Pelagem encontrada nos asininos e muares. Os pelos pretos podem estar presentes apenas nas regiões de crina e cauda.

Sabina - Ver Pelagem Tordilha.

Salpicada -

Seta - nome da espiga quando situada nas espáduas ou costelas.

Simples - É a pelagem formada por pêlos e crinas da mesma coloração.

Suja - É a pelagem Simples, branca encardida, levemente amarelada, em equinos.

Suro - Nome que se dá ao equino de rabo cortado, embora seja mais comum seu uso para aves.

Tartaruga - manchas pequenas ou médias no corpo do animal, de forma arredondada, com bordas relativamente bem definidas. (ver também Chita)

Tartarugado - diz-se do animal com tartarugas na pelagem.

Tobiana - Também chamada de Pampa. Pelagem Conjugada, constituída pela mistura de branco com outros tipos de pelagens, formando malhas extensas, irregulares ou não, mas bem destacadas. Se a cor branca predomina, a palavra "pampa" deve anteceder às cores; e vice-versa, se for o contrário. Assim, por exemplo: pampa-preto, se a predominância for o branco sobre o preto, preto-pampa, no caso contrário. Divide-se em Pampa-Preto, Pampa-Vermelho, Pampa Castanho-Escuro, Pampa Baio, Pampa Rosilho-Castanho, Preto-Pampa, Vermelho-Pampa, Tordilho Negro-Pampa, Castanho-Escuro Pampa.

Tobiano baio: É um baio nas mesmas condições dos demais tobianos.

Tobiano cebruno -

Tobiano colorado: É um colorado nas mesmas condições do tobiano negro.

Tobiano gateado: É um gateado nas mesmas condições dos demais.

Tobiano negro: É um preto com manchas brancas grandes divididas com o preto.

Tordilha - Interpolação de pelos brancos em todo o corpo do animal. O gene responsável pela pelagem tordilha é epistático, ou seja, sempre que estiver presente no genótipo, vai se manifestar no fenótipo. Portanto, todo produto tordilho é fruto de um acasalamento em que pelo menos um dos pais é tordilho. O animal tordilho tem clareamento progressivo. O potro pode nascer com a interpolação de pelos brancos característica do tordilho e clarear lentamente, com o avançar da idade. Porém, a maioria nasce com uma pelagem firme e os pelos brancos vão aparecendo à medida que envelhecem. Esse clareamento é observado a partir das extremidades, principalmente na região da cabeça (contorno dos olhos, narinas e orelhas), podendo iniciar também a partir da crina, cauda e membros. Durante sua vida, o animal tordilho pode apresentar diversas alterações na tonalidade da pelagem.

Tordilha - Pelagem Composta (formada por pêlos de duas ou mais cores, misturados pelo corpo, crineira, cola, membros, ou tendo as extremidades escuras) sendo mistura de pêlos brancos no fundo, com mescla de pêlos pretos, cinzentos, etc. com menor ou maior intensidade pelo corpo. Divide-se em Claro ou Pombo (grande predominância de pêlos brancos com mínimo de outras cores); Negro (forte predominância e pêlos negros, com exceção para a cabeça), Escuro (predominância de pêlos escuros sobre os brancos); Safranado (Sujo ou Açafranado) (quando há mistura de pêlos amarelos ou avermelhados, dando um aspecto cinza-amarelado de sujeira ou de açafrão); Azulego ou Cordão (com reflexos azulados como a flor do cardo. Pode ser claro, escuro ou "Andorino", lembrando o dorso de uma andorinha); Salpicado ou Pedrês (quando há salpicos de pêlos pretos sobre o fundo de pêlos brancos); Sabino ou Vinagre (com mescla de pêlos avermelhados sobre os brancos, dando aspecto de ferrugem) e Rodado (quando os pêlos pretos aglomeram-se, formando manchas pequenas, arredondadas e mais escuras que o todo).

Tordilha Apalusa Mantada - pelagem tordilha com malha despigmentada na garupa que invade a região do dorso e lombo com pintas escuras na malha.

Tordilha Cardã - pelagem tordilha que apresenta reflexos avermelhados ou amarelados. Comum naqueles animais que nasceram castanho, alazões ou baios.

Tordilha Clara - predomínio de pelos brancos na pelagem tordilha.

Tordilha Escura -tordilha com predomínio de pelos pretos.

Tordilha Negra - tordilho que apresenta pelagem preta com poucos pelos brancos.

Tordilha Pedrês - quando os pelos vermelhos ou pretos formam pequenos tufos no fundo branco.

Tordilha Ruça - quando não mais se observar no tordilho os pelos da pelagem de origem. O animal terá o corpo recoberto por pelos brancos e sua pele será excessivamente pigmentada nas extremidades, em virtude da migração do pigmento melânico que se acumulou dentro das células.

Tordilho - pode possuir círculos de pelo negro pelo corpo, especialmente na parte traseira, dando-lhe o aspecto de um antigo cavalinho de balanço. Os tordilhos negros têm grande quantidade de pelo negro espalhado pelo corpo, geralmente escurecendo sua pelagem. Há tordilhos claros, nos quais o pelo branco predomina sobre o negro, produzindo um efeito quase totalmente branco.

Tordilho chamalotado ou apacatado: Quando com manchas arredondadas mais claras.

Tordilho claro: Quando tem predominância de pelos brancos.

Tordilho negro: Predomina os pelos pretos. Com a idade vai se tornando claro.

Tordilho Pedrês -

Tostada - Pelagem Simples alazã, quando é da cor do café torrado ou da madeira mogno.

Toveira - Variedade da oveira. Sua caracterização pode ser feita observando as malhas que são irregulares e grande parte da cabeça apresenta malha despigmentada, como na oveira, porém, as marcas do tronco ultrapassam a linha dorsal e na maioria dos animais, a área despigmentada é maior que a pigmentada.

Trialvo - Cavalo que exibe três membros calçados (baixo, médios ou altos); devendo ser citado na resenha da seguinte forma: "trialvo anterior esquerdo" - estando nisto explícito que o único membro não calçado é o anterior direito.

Trialvo - Cavalo que exibe três membros calçados (baixo, médios ou altos); devendo ser citado na resenha da seguinte forma: "trialvo anterior esquerdo" - estando nisto explícito que o único membro não calçado é o anterior direito.

Trialvo - três membros com o mesmo calçamento.

Trunfa - Tufo de pêlos longos no topo da cabeça (marrafa) de caprinos e ovinos.

Vermelha chitada - pelagem da raça Gir.

Vermelha gargantilha - pelagem da raça Gir.

Vinhosa - Ver Pelagem Rosilha Castanha.

Zaina - Pelagem indicando ausência de pêlos brancos.

Zaino - é uma tonalidade rica e brilhante de castanho, aproximando-se da cor do mogno polido. Os cavalos zainos podem ter uma única tonalidade em todo o corpo ou podem ter crina, cauda e patas negras, quando são, então, propriamente descritos como zainos com pontos negros. Os cavalos dessa pelagem são tidos como muito espertos e são geralmente fortes e bem dispostos.

Zaino claro - Da cor da castanha.

Zaino claro - Da cor da castanha.

Zaino negro - Como a castanha mais escura.

Zaino negro - Como a castanha mais escura.

Zaino negro - varia de tonalidade desde o zaino até quase o negro e, se houver alguma dúvida quanto à sua pelagem, a melhor maneira de desfazê-la é através do exame de pelos curtos e finos encontrados no focinho. O zaino negro é tido como o cavalo ideal para shows, passeios e caçadas.

Zebruras - estrias escuras e transversais nos membros. Mais comuns nos joelhos e jarretes.

Zebruras - Estrias que cortam transversalmente os joelhos e jarretes dos cavalos.

sábado, 23 de outubro de 2010

Pastagem para ovinos e caprinos 5

Prof. Dr. Danilo Gusmão de Quadros

4.0 Manejo de pastagens com ovinos e caprinos

A época de pastejo (águas e seca), o sistema (contínuo ou rotacionado), a intensidade (altura do resíduo) e a freqüência de pastejo (dias de ocupação e de descanso) são aspectos que devem ser considerados no manejo da pastagem. Na intensificação do uso das pastagens, há forte tendência da adoção de pastejo rotacionado. Uma das principais dúvidas do criador sobre esse sistema está relacionada à necessidade de muitos piquetes pequenos com alto custo das cercas. Contudo, a rotação é possível mesmo com pastagens de dimensões maiores, com período de ocupação mais longos (máximo de sete dias), ajustando adequadamente a lotação para consumo da forragem ofertada durante o período planejado. A utilização de cercas eletrificadas possibilita a redução no custo de divisão de pastagens. O número de piquetes pode ser calculados pela fórmula:

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onde:
NP = número de piquetes
PD = período de descanso
PO = período de ocupação

O manejo de pastagens com ovinos e caprinos está relacionado com a espécie forrageira em questão, principalmente com relação ao porte e ao hábito de crescimento (Tabela 4). Pela característica de hábito gregário desses animais, não se deve deixar a altura da pastagem atingir mais de 1 m ou, na prática, a altura do focinho, para ocorrer à visualização uns dos outros enquanto pastejam.

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Gramíneas forrageiras com hábito de crescimento prostrado têm sido recomendadas para a criação de ovinos (SIQUEIRA, 1988) e caprinos (ARAÚJO FILHO et al., 1999). Os capins prostrados apresentam-se como alternativa interessante, tanto do ponto de vista nutricional, quanto da facilidade de manejo da pastagem. Por outro lado, o alto percentual de cobertura de solo pode contribuir com a formação de microclima úmido,
com temperaturas amenas, favorecendo o desenvolvimento das larvas infectantes de nematódeos gastrintestinais, que provocam sérios prejuízos econômicos (SANTOS et al., 2002).

Segundo SANTOS et al. (1999), a adoção de capins eretos, apesar de possuírem manejo mais difícil, é recomendada sob manejo de desfolha intermitente. Nesse sistema, a altura do resíduo pós-pastejo baixa possivelmente contribua para redução da população de larvas infectantes dos nematódeos.

A altura de manejo dos capins pode ser utilizada para controlar os momentos de entrada e saída dos animais dos piquetes, no sistema rotacionado. No trabalho conduzido por QUADROS (2004), a altura do capim-estrela-africana pastejado por ovinos praticamente não variou ao longo das amostragens (Tabela 5). Por outro lado, no mês de março, o capim-andropógon apresentou altura mais elevada do que os capins Tanzânia e estrela-africana. Pastagens manejadas baixas podem acarretar em decréscimo do consumo, como foi demonstrado por CARVALHO (2002), em ovinos mantidos no capim- Tanzania mantido com 10-30 cm de altura, condições predisponentes à redução da massa e do tempo por bocado, em relação a 40-50 cm, sugerindo que seu melhor manejo sob lotação contínua encontra-se próximo às alturas intermediárias.

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Plantas forrageiras com alturas acima de 1 m não têm sido indicadas para ovinos (SANTOS et al., 1999). Segundo CARVALHO et al. (2001b), pastos altos podem limitar o consumo de ovinos. CARVALHO et al. (2001b) observaram aumentos do tamanho e do tempo por bocado em borregas mantidas em capim-Tanzânia, manejado de 20 até 60 cm de altura.

Entretanto, a velocidade de ingestão aumentou até o manejo a 50 a 60 cm. Acima de 70 cm, houve redução acentuada da velocidade de ingestão. Para que os animais apresentem altos desempenhos, deve-se disponibilizar a possibilidade seletividade e aumento do consumo de forragem, por meio da oferta de forragem, que permita ao animal grande tamanho dos bocados. Em milheto, os melhores ganhos por animal e por ha, considerando cordeiros, foram obtidos quando a altura média as plantas foi próxima a 30 cm (CARVALHO, 2002).

A MS pode ser estimada por meio do corte e secagem da forragem (na prática cortando acima da altura de resíduo pré-determinada) e transformada por hectare, sendo fundamental para o cálculo da oferta de forragem, em kg de MS/100 kg de PV, sendo normalmente de 8 a 12 kg MS/100 kg PV/dia, visando o altos ganhos por animal e por hectare. A MS total é constituída das frações folha, colmo e material morto, sendo a primeira preferida pelos animais e de maior valor nutritivo. Conforme QUADROS (2004), a MS dos colmos e material morto reduziram à medida que a altura do estrato aumenta no perfil da pastagem (Tabela 4). Entretanto, a MS de folhas nos capins Tanzânia e andropógon (cespitosos) foram menores abaixo dos 30 cm, enquanto no estrela-africana não diferiu nos diferentes estratos.

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Fonte: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM PRODUÇÃO ANIMAL
PROGRAMA DE OVINO-CAPRINOCULTURA DA BAHIA

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Pastagem para ovinos e caprinos 4

Prof. Dr. Danilo Gusmão de Quadros

3.0 Formação de pastagens


A taxa de semeadura (kg de sementes puras viáveis-SPV/ha) recomendada para cada espécie deve ser respeitada. O cálculo de taxa de semeadura leva em consideração o VC (valor cultural), que corresponde ao percentual de SPV. A recomendação pode ser calculada pela seguinte fórmula:

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A calagem (Foto 2) deve ocorrer cerca de quatro meses antes do plantio e o calcário incorporado com aração e gradagens. A dose deve ser recomendada com base na exigência das plantas forrageiras e na análise de solo, seguindo a fórmula:

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Fonte: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM PRODUÇÃO ANIMAL
PROGRAMA DE OVINO-CAPRINOCULTURA DA BAHIA

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pastagem para ovinos e caprinos 3

Prof. Dr. Danilo Gusmão de Quadros

Leguminosas forrageiras

As leguminosas forrageiras (de porte herbáceo e arbustivo submetidas à podas) podem ser utilizadas consorciadas com gramíneas ou como banco de proteína, representando interessantes fontes de alimentos dos pontos de vista: nutricional, pois possuem alto teor de proteína e digestibilidade; e estratégico, para reserva de alimento verde na época seca do ano, devido ao sistema radicular mais profundo. Outras
vantagens do uso de leguminosas é a fixação de nitrogênio para a gramínea em sistemas consorciados e reciclagem de nutrientes.

As bactérias dos gêneros Rhizobium e Bradrhizobium, em simbiose com as raízes das leguminosas, fixam quantidades de até 500 kg de nitrogênio no solo. No entanto, essas quantidades são bem inferiores nas regiões tropicais. O uso de leguminosas em consórcio com gramíneas, recomendado para criações menos intensivas, pode substituir, até certo ponto, adubações nitrogenadas, melhorar a qualidade da dieta e quantidade de forragem disponível. Deve-se atentar para que a proporção da leguminosa esteja em torno de 25-30% da MS total disponível na pastagem. A aceitatabilidade relativa de espécies prostradas, ou porte arbustivo, poderão ser vantajosos na manutenção desse
percentual e da persistência.


A adição de leguminosas nas áreas de pastagem exclusivas de gramíneas, especialmente no tropical úmido e sub-úmido, freqüentemente aumentam a produtividade. São indicadas as seguintes leguminosas: estilosantes (Stylosanthes guianensis), calopogônio (Calopogonium mucunoides), soja perene (Neonotonia wightii), leucena (Leucaena leucocephala), guandu (Cajanus cajan) e amendoim forrageiro (Arachis pintoi), dentre outras, devendo ser escolhidas de acordo adaptação às condições de solo, clima e adequar-se à gramínea em consórcio. Algumas das leguminosas citadas são anuais, dependendo diretamente de ressementeio natural, e mesmo as perenes necessitam de
recrutamento de novas plantas, devendo-se escolher espécies precoces que floresçam entre março e maio, época do ano que permitem a vedação, devendo-se evitar as de florescimento tardio, entre junho e julho, pois é uma época de necessidade de utilização
desses pastos.

A adubação nitrogenada permite produções de massa verde maiores do que aquelas advindas da fixação de nitrogênio pelas leguminosas, entretanto deve-se analisar cada situação para as recomendações.

Entende-se como banco de proteína como uma área mantida exclusivamente com leguminosas, nas quais os animais não têm acesso, ou o tem programadamente. É uma alternativa interessante, pois pode-se estabelecer um manejo adequado da planta, permitindo uma boa persistência e produção do estande. A parte aérea da leguminosa também pode ser cortada (a altura de corte depende da principalmente espécie) e fornecida no cocho. Nesse caso, pode-se fazer uso de culturas intercalares visando à diminuição dos custos de implantação. A rotação de culturas é um ponto forte nessa técnica, pois a cultura subsequente se beneficiará dos resíduos da leguminosa.


Stylosanthes guianensis (Estilosantes)

Cultivar: Mineirão
Planta perene, sub-arbustiva, com folhas trifoliaoladas e flores amareladas. Propagação por sementes (0,5 kg/ha). Utilizada como banco de proteína e em consórcio com gramíneas.

Leucaena leucocephala (leucena)


Planta arbustiva ou arbórea, perene. Folhas compostas e flores brancas, agrupadas em inflorescência globular. Os frutos são vagens finas e achatadas, com sementes de coloração marrom escura. Exige solos com pH mais elevado, sem alumínio. Propagação por sementes. Tolera bem a seca, produzindo forragem nas épocas secas do ano.

Utilizada como banco de proteína ou mesmo consorciada na pastagem. O consumo de leucena na dieta deve ocorrer em até 30 %, devido ao aminoácido mimosina, que é tóxico aos animais. Para evitar intoxicação, na prática, utiliza-se duas horas de pastejo diário.

 

Fonte: UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
NÚCLEO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM PRODUÇÃO ANIMAL
PROGRAMA DE OVINO-CAPRINOCULTURA DA BAHIA