domingo, 28 de novembro de 2010

Inscrições Campeonato

Amigos do Grupo,

Foram inscritos 555 anglonubianas para julgamento da Nacional na Fenagro 2010, dados oficiais dado pelo GEPE empresa que cuida de eventos da Secretaria da Agricultura da Bahia.

Nunca antes na historia desse pais, (talvez desse mundo) houveram tantos anlgunubianas de pista juntos em pista de julgamento em um só evento.  

Estão de parabéns a ABC Anglo e a ACCOBA.que juntas convocaram os criadores e foram atendidas.
Fica aqui uma divida de nós criadores baianos aos amigos criadores que fizeram quarentena, e os que vieram de longe que muito contribuíram para esse numero expressivo de animais de muita qualidade.

Terça feira começam as classificatórias, os 12 melhores animais por categoria já vão merecer uma atenção especial.

Abraço a todos.
Tomaz Radel
Diretor de eventos da ABC Anglo

sábado, 27 de novembro de 2010

Começou!!!

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A Fenagro 2010 começou!!! Nacionais das Raças  Santa Inês e Anglo-Nubiana!!!

Desde às 8:00 horas da manhã as equipes de pesagem, com duas balanças, não param de trabalhar. É Anglo-Nubiano que não acaba mais… quando você acha que todos já foram pesados, aparecem mais… Com certeza já devem ter sido pesados mais de 600 anglos! Muita quantidade e qualidade.

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Hoje à noite também será feita a esgota das cabras do concurso leiteiro. Lembrando a todos a programação para os próximos dias:

PROGRAMAÇÃO FENAGRO

24, 25 e 26/11/2010 - Quarta / Quinta / Sexta-Feira
Entrada dos animais
08:00 às 24:00h

27/11/2010 - Sábado
Pesagem para Caprinos e ovinos Dorper
08:00 às 20:00h

28/11/2010 -  Domingo
Pesagem para Santa Inês
08:00 às 20:00h

28/11/2010 - Domingo
Julgamento Bôer e Outras Raças
08:00 às 20:00h

29/11/2010 - Segunda - Feira
Julgamento Dorper
8:00 as 20:00h

30/11/2010 -  Terça - Feira
Julgamento classificatório Raça Santa Inês
8:00 as 20:00h

30/11/2010 -  Terça - Feira
Julgamento classificatório Raça Anglonubiano
08:00 às 20:00h

01/12/10 -  Quarta - Feira
Julgamento classificatório Raça Santa Inês
8:00 as 20:00h

01/12/2010 - Quarta - Feira
Julgamento classificatório Raça Anglonubiano
08:00 às 20:00h

02/12/2010 - Quinta - Feira
Julgamento Campeonatos Santa Inês
08:00 às 20:00h

02/12/2010 - Quinta - Feira
Julgamento Campeonatos Anglonubiano
08:00 às 20:00h

03/12/2010 - Sexta - Feira
Julgamento Campeonatos Santa Inês
08:00 às 20:00h

03/12/2010 - Sexta - Feira
Julgamento Campeonatos Anglonubiano
08:00 às 20:00h

04/12/2010 - Sábado
Grandes Campeonatos das Raças Santa Inês e Anglonubiano
8:00 às 12:00h

05/12/2010 - Domingo
Almoço dos tratadores
8:00 as 12:00h

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Véspera da abertura da Fenagro

26/11/2010

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Hoje, às véspera da abertura da Fenagro 2010, os animais ainda estão chegando ao parque, até o final do dia todos já devem estar acomodados e descansando para a maratona que vem por aí.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Leilão Tingui 2010

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· 20 REPRODUTORES DORPER

· 10 REPRODUTORES SANTA INÊS

· MATRIZES DORPER, ANGLO E SANTA INÊS

ANIMAIS DE ALTA QUALIDADE!

DURANTE A FENAGRO 2010

Dia 05 de Dezembro - Domingo

11 horas – Parque de Exposições

Promoção:
Rebanho Tinguí – Ricardo Falcão

Assessoria:
Felipe Adelino - (83) 9921-4100

Naelson Júnior - (71) 9131-5265

Toninho Valares – (81) 9743-0588

Informações:
Ricardo Falcão – (71) 8121-9780 / 9123-1445

Sebastião – (71) 9138-9356

Leilão Top Baby 2010

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Leilão Brasileirão 2010

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dengue, perigo também entre os caprinos

Mesmo não fazendo parte do grupo predisposto à infecção, os caprinos correm o risco de colaborar involuntariamente para a proliferação da doença.

 

Se a dengue não ameaça meu plantel, então por quê devo me preocupar? Como qualquer órgão oficial de controle sanitário, é importante que todos estejam envolvidos na tentativa de erradicação desta doença. Por isso, devemos incluir neste grupo também os apaixonados por caprinos. Como se não bastasse o bom senso de auxílio social que devemos prestar, lembremo-nos que em qualquer propriedade, quer seja um grande capril, fazenda, e até uma simples chácara com um único animal é necessário que sempre tenha água limpa disponível para os animais.

 

Atenção! Água limpa e parada em cochos, piquete ou baia são um ótimo local para proliferação dos mosquitos transmissores da dengue. É bom lembrar que não existe apenas um transmissor, o Aedes aegypti (responsável pela disseminação no Brasil); existe ainda um outro agente, o Aedes albopictus. As várias maneiras de controle do mosquito transmissor são freqüentemente lembradas nos meios de comunicação – evitar deixar água parada ou colocar cloro em piscinas. Mas as medidas efetivas são de difícil realização onde mantemos os animais, pois nenhum produto pode nem deve ser colocado na água, sob o risco de modificar o sabor e comprometer sua ingestão pelos animais. Então, o que fazer?

 

Talvez a única maneira de colaborarmos com a não proliferação do mosquito da dengue seja manejar corretamente recipientes como baldes, ou mesmo os cochos onde se coloca a água para os animais – além, é claro, de realizar uma limpeza freqüente. Assim, a retirada de toda a água desses cochos, o ato de esfregar com uma escova dura para então encher novamente de água limpa ao menos duas vezes por semana, é fundamental. Lembre-se que os ovos destes insetos podem permanecer cerca de seis meses em local seco sem eclodir. Mas ao primeiro contato com água surgem novos insetos.

 

Muita gente não entende como os mosquitos podem “nascer” da água, mas o que é preciso entender é que os insetos passam por um ciclo reprodutivo, em que as fêmeas depositam seus ovos na água limpa e parada. Após um certo período ocorre a eclosão das chamadas larvas, estas sim residentes da água. Por fim, transformam-se em insetos adultos. No caso do Aedes aegypti apenas as fêmeas adultas sugam o sangue, ou seja, quando picam um ser humano podem inocular este vírus e fazer com que a vítima desenvolva a doença. Talvez o maior problema no controle ou mesmo no desenvolvimento de uma vacina eficaz seja a existência de mais de um subtipo de vírus causador da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4).

 

Pode parecer que este manejo de limpeza freqüente seja uma prática penosa e às vezes cara, principalmente em grandes fazendas, locais em que seria necessário manter um funcionário para lavar todos os cochos de água (inclusive os locados em pastos). Mas lembre-se que este custo inicial é inferior à possibilidade de ter uma ou mais pessoas internadas e infectadas pela dengue.

 

Fique atento aos sintomas da dengue

A dengue clássica é usualmente benigna. Inicia-se com febre alta, podendo apresentar cefaléia (dor de cabeça), prostação, mialgia (dor muscular), dor retro-orbitária (ao redor dos olhos), náusea, vômito, dor abdominal e exantema máculo-papular (manchas na pele). Em alguns casos, no final do período febril, ocorrem sangramentos – mas eles são raros na dengue clássica.

(Texto adaptado. Autor: Abel Vargas)

domingo, 21 de novembro de 2010

CRIAÇÃO DE CABRAS: TÉCNICA DE MANEJO, SANIDADE E ALIMENTAÇÃO – Parte 3

Maria das Graças C. M. e Silva
Professora do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras- UFLA

Alimentação
Ao iniciar uma criação de cabras, o produtor deverá fazer um planejamento de sua propriedade, levando em consideração alguns aspectos. Entre eles, a área disponível para formação de forrageiras, se essa área se adapta ao plantio, se existe água para irrigação, qual a produção por hectare de massa verde dessa forrageira, época de colheita, digestibilidade e nutrientes que compõe a forrageira. E ainda o número de animal que está criando por categoria animal, descartes e nascimentos do ano.


Sabe-se que 50 a 60% dos custos de produção de um criatório se deve ao fornecimento do concentrado, portanto, necessita de capineiras para diminuir o custo. Para a alimentação dos caprinos deve-se dar, de preferência, as variedades de plantas mais adaptáveis à região, desde que sejam bem aceitas pelos animais e tenham bom valor nutritivo.


Os caprinos dão preferência às leguminosas do que às gramíneas. É preferível fornecer forragens antes da floração, por possuir maior quantidade de nutrientes para a mantença e produção dos animais.

Alimentos para cabras:
Leguminosas: guandu, algaroba, soja perene, mucuna preta, alfafa, amendoim forrageiro, feijão de porco, etc.
Gramíneas: capim pangola, jaraguá, colonião, gordura, pangolão,setária, cameron, estrela africana, napier e outros.
Hortículas: folhas de nabo, beterraba e cenoura.
Raízes e Tubérculos: mandioca, batata doce, beterraba.
Raízes e Tubérculos: mandioca, batata doce, beterraba.
Cereais: milho, sorgo, trigo, etc.
Outras folhas: erva cidreira, anis, bananeira, pitangueira, goiabeira, confrei, etc.


A cabra consome diariamente o equivalente a 10% do seu peso vivo em forragem verde, silagens e fenos. 3% do peso vivo em ração concentrada, 1 kg/animal para fêmea com produção de até 2 l/leite/dia.

Pasto verde deve ser oferecido aos animais picado de 4 a 5 cm, pois o pasto muito picado, vai reduzir o teor de gordura do leite e se for grande vai ter disperdício do alimento.

Diariamente, no início das atividades, deve-se limpar os cochos, retirando-se os alimentos que sobraram do dia anterior, a fim de se evitar sua fermentação e provocar diarréias no animal.


Fenos e silagens também são fornecidos aos animais. A mistura mineral deve estar sempre à disposição. Sua falta compromete o crescimento do animal, desempenho produtivo e a reprodução. A cabra adulta bebe aproximadamente 5 l/água/dia. Se o alimento for muito seco (excesso de concentrado ou feno), a quantidade de água ingerida pode chegar a 10 l/dia/animal. Cabra com produção de 2 l/leite/dia, deve receber de 200 a 300 g de concentrado a mais, para cada litro de leite produzido.

Ordenha
Para cabras leiteiras são recomendadas duas ordenhas diárias, sempre no mesmo horário, para que os animais se condicionem no ato de liberação do leite.

O local de ordenha deve ser limpo, com facilidade de água de boa qualidade, tranquilo e sem barulhos. A ordenha pode ser manual ou mecânica, no entanto, os cuidados de higiene devem ser os mesmos.

Cuidados antes da ordenha: O ordenhador deve lavar bem as mãos; o lavagem do úbere em água corrente; o secagem do úbere com papel toalha. Análise do primeiro jato de leite em caneca telada ou de fundo escuro para diagnóstico de mastites clínicas.


Linha de ordenha
1ª ordenha: fêmeas jovens que nunca sofreram mastites
2ª ordenha : fêmeas adultas que nunca sofreram mastite
3ª ordenha : fêmeas que já sofreram mastite e estão curadas
4ª ordenha : fêmeas doentes, iniciando pelos casos menos graves

Apósa ordenha, mergulhar os tetos em solução glicerina iodada.

Medidas profiláticas gerais: Limpeza diária do cabril e higienização dos utensílios; retirada mensal do esterco acumulado sob o cabril; isolamento dos animais doentes; desinfecção periódica do cabril.
Pasteurização: Quando lenta, o leite passa no pasteurizador à 65ºC durante 30 minutos, depois é resfriado a 5ºC e levado ao freezer para ser congelado e conservado.

Sanidade
O primeiro aspecto de importância da saúde do rebanho diz respeito às zoonoses, ou seja, as doenças comuns ao homem e ao animal e que se transmitem naturalmente entre eles. O segundo aspecto é o da produção, pois é necessário saúde para que o animal expresse o seu potencial genético e responda aos cuidados zootécnicos. Neste caso, tem especial importância, nas cabras, as doenças parasitárias.

Ectoparasitos: Acarretam perdas econômicas na exploração, devido a mortalidade em decorrência de altas infestações. Os ectoparasitos irritam os animais, levando à queda da produtividade e tornando-os predisponíveis a infecções secundárias. Além disso, os efeitos causados sobre suas peles, depreciam o seu valor comercial. Para evitar que os animais do rebanho sejam atacados por ectoparasitos (carrapatos, berne, sarna, bicheira, etc.) devem ser tomadas medidas que auxiliem no controle e erradicação.


1. Fazer frequentemente inspeção dos animais.
2. Fazer controle das moscas nas instalações através do uso de adequada higienização, e se necesssário, usar repelentes, lavar e desinfetar vasilhames de ordenha, e plataforma de ordenha diariamente.
3. Na prevenção de miíases (bicheiras) tratar adequadamente as feridas, retirando as larvas, limpando o local e aplicando repelentes.
4. Pode-se fazer uso de pulverização ou banhos de Ectoparasiticida. A pulverização requer cuidados para que o tratador não se intoxique, e ela deve ser realizada em dias ensolarados.


Endoparasitos: Constitui as doenças provocadas pelo Helmintos e Protozoários. As doenças pelos helmintos, são também conhecidas como verminose e pode ser classificada em vermes gastrointestinais e pulmonares. Esses parasitos ocasionam lesões na mucosa do intestino e pulmões.

Na prática o que se observa é um atraso no crescimento, diarréia, pêlos arrepiados, perda de peso, aumento do volume abdomen, prostração e, às vezes, até a morte. Os vermes pulmonares são responsáveis por tosse e pneumonia. As doenças provocadas pelos protozoários que mais afetam os caprinos são a Eimeriose e Toxoplasmose.

A Eimeriose afeta principalmente os animais jovens, ocasionando diarréia, falta de apetite, anemia e retarda o desenvolvimento. A Toxoplasmose pode atacar o animal e ao homem, provocando esterilidade, abortos, nascimento de crias fracas. A transmissão se realiza de duas formas: por ingestão de carne ou leite de animais contaminados. Existem ainda as doenças provocadas por bactérias, que afetam os caprinos podendo até mesmo resultar em morte.


A Linfadenite Caseosa caracteriza por necrose principalmente dos gânglios linfáticos, e é conhecida como "Mal do Caroço". A doença é de grande importância devido os prejuízos que ocasiona. A infeção ocorre através da pele, umbigo, feridas de castração, com o agente causador da doença. A prevenção pode ser feita através de vacinas. Os animais afetados devem ser isolados, quando próximo do período de abertura do abcesso, sendo o material colhido e posteriormente queimado.

A Leptospirose em caprinos é causadora de abortos e mortalidade de animais jovens. A presença de ratos nos capris, ou junto dos alimentos e água utilizados pelos animais, representa uma chance maior de contaminação, pois os ratos podem infectar a água e rações através da urina e contaminar assim os animais.


A Micoplasmose é uma doença que se transmite por contato direto de animais doentes com sadios e pelo leite ingerido pelo cabrito. Até mesmo através da mão do ordenhador. Ela ocasiona morte aos animais jovens e diminui a vida produtiva de animais adultos. Animais acometidos dessa enfermidade devem ser eliminados dos capris.

Mamite é a inflamação na glândula mamária. Ela altera o tecido glandular e o leite. No manejo diário é necessário o controle da mamite. Para isto adota-se a linha de ordenha (já descrita anteriormente). É altamente contagiosa e transmitida de um animal para outro através das mãos dos ordenhadores, toalhas coletivas ou teteiras das ordenhadeiras mecânicas, quando a higiene não é observada. O diagnóstico pode ser feito através do teste de CMT (Califórnia Mastites Teste), pelo menos uma vez por mês, que permite detectar facilmente no leite a presença de leucócitos (glóbulos brancos de sangue) em número anormalmente elevado, o que indica um fenômeno inflamatório ao nível de mama.


Artrite Encefalite Caprina (C.A.E): Traz sérios prejuízos ao criatório. O sintoma externo é o aumento das articulações dos joelhos. O meio de transmissão é o colostro.

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O Calendário Profilático poderá ser alterado de acordo com a região.

Limpar cochos e bebedouros diariamente. Raspar estrados e varrer solário diariamente. Fazer desinfecção mensalmente. Ao adquirir novos animais, exigir os exames de:
o Artrite Encefalite Caprina (CAE)
o Brucelose
o Tuberculose
o Toxoplasmose
o Exame Clínico


Não adquirir animais com mamite ou que tenham sido curados. É importante que, ao adquirir animais para o rebanho, seja de um criador tradicional e idôneo. Com isto elimina-se os comerciantes inescrupulosos. A avaliação dos animais deve ser feita por um técnico especializado.

Um aparelho portátil para diagnosticar a prenhez em ovelhas e cabras é uma das novidades que a Embrapa, órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e do Abastecimento, acaba de colocar à disposição dos produtores rurais. O equipamento utiliza o ultra-som, é eletrônico (funciona com seis pilhas comuns) e semelhante ao Detector de prenhez para bovinos e equinos, também desenvolvido pela Embrapa, que já vendeu cerca de três mil unidades em todo o Brasil.


O Detector de prenhez para pequenos ruminantes por ultra-som foi desenvolvido em São Carlos, interior de São Paulo, pela Embrapa Instrumentação Agropecuária, atendendo demanda da Associação Paulista dos Criadores de Caprinos (Capripaulo). Ele foi feito em parceria com a Embrapa Caprinos - de Sobral (Ceará) - onde foram realizados os testes em ovelhas da raça Santa Inês. Em São Paulo, outros testes conseguiram detectar a prenhez positiva em cabras, 23 dias após a cobertura.


O diagnóstico de prenhez em pequenos animais tem grande importância econômica e prática, ao possibilitar uma nova cobertura ou inseminação na mesma estação reprodutiva para as fêmeas que não responderam positivamente à primeira fertilização. Além disso, permite o fornecimento de uma alimentação adequada às fêmeas prenhes.

A Embrapa repassou a tecnologia para a empresa Microem Produtos Eletrônicos Ltda., de Ribeirão Preto (SP), que já produz o Detector de prenhez para bovinos e equinos por ultra-som e o Medidor de espessura de toucinho por ultra-som para para suínos vivos. suínos vivos.

sábado, 20 de novembro de 2010

CRIAÇÃO DE CABRAS: TÉCNICA DE MANEJO, SANIDADE E ALIMENTAÇÃO – Parte 2

Maria das Graças C. M. e Silva
Professora do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras- UFLA

Formação e reprodução do rebanho

O criador que vai criar caprinos e, portanto, já tem a finalidade da exploração definida e instalações concluídas, passa a se preocupar com a formação do rebanho. Para isso é necessário que, ao adquirir os animais, o criador procure por criações já existentes e que sejam idôneas, e estar certo de ter feito uma boa compra. É de suma importância a escolha de reprodutores e matrizes. As fêmeas podem ser puras ou até SRD (Sem Raça Definida), mas os machos sempre devem ser puros. Para formar o rebanho o criador deverá observar e perseguir os seguintes índices zootécnicos.

Adquirir fêmeas que tenham uma prolificidade de 3 cabritos por ano, admitindo-se que 80% das fêmeas reprodutoras possam parir duas vezes por ano. Nascimento para ambos os sexos de 50%.:

  • Ter um (1) reprodutor macho para 40 fêmeas (matrizes), em monta livre.
  • A gestação ter uma duração média de 150 dias (5 meses).
  • A vida reprodutiva dos machos deverá ser de 8 anos.
  • A vida reprodutiva das fêmeas será ser de 6 anos. o As fêmeas deverão ser cobertas em médias aos 10 a 12 meses de idade.
  • O descarte dos cabritos será aos 5 meses, com peso vivo estimado em 18 kg.
  • A lotação por hectare será de 8 cabras com 2 cabritos cada.
  • Lactação de 210 a 240 dias no Brasil são consideradas boas, somentes através da seleção e do melhoramento genético o produtor poderá aumentar a produção dos animais.


Em geral as cabras mostram cio já aos 5 ou aos 7 meses, portanto, recomenda-se separar os animais de sexos diferentes a partir do 3º ou 4º mês de vida. No cabrito, a cópula com ejaculação de espermatozóides vivos inicia com 4 e 6 meses de idade.

Sob boas condições, porém, a reprodução das fêmeas nesta idade deve ser evitada, pois os caprinos com esta idade não estão completamente desenvolvidos para suportarem uma boa gestação com partos normais.

Em geral, o peso de cobertura para fêmeas é de 30 kg ou deverá ser 70% do peso total quando o animal for adulto. Por exemplo: uma cabra leiteira adulta pesa em média 50 kg, então seu peso na primeira cobertura será de 35 kg (50 x 70% = 35 kg), ou de 10 a 12 meses de idade. Nos machos a idade ideal para reprodução é após 10 meses de idade em monta controlada.


Estação de monta: A duração do período de cio é de cerca de 35 horas com variação de 26 a 42 horas. Nas cabras a duração média do ciclo estral é de 20,6 dias, ou seja a cabra apresenta cio de 21 em 21 dias, aproximadamente, podendo ter uma variação normal de 18 a 22 dias. No entanto, raças mais apuradas apresentam uma inatividade reprodutiva nas regiões onde a luminosidade do dia é crescente (setembro a dezembro) cai a produção, retornando a atividade sexual, nos períodos de queda da luminosidade (janeiro a abril).

Sinais característicos do cio: genitais externos avermelhados, micções frequentes, montam umas nas outras e se deixam montar, abanam a cauda, olhar depressivo e grande inquietação. A fêmea no cio deve ser levada ao reprodutor, 2 vezes com intervalo de 10 a 14 horas entre uma monta e outra.


A ovulação ocorre poucas horas após o fim do período em que a fêmea aceita passivamente a cobertura. A taxa de ovulação aumenta em cabras até cerca de 4 a 5 anos de idade, dependendo da natureza precoce da raça e, então, diminui com o avançar da idade.

Critérios para escolha de macho e fêmeas reprodutores: É importante a escolha do reprodutor, seja macho ou fêmea, para o sucesso da criação.

  • Escolha do reprodutor: O animal representa 50% da genética do criatório. Obter informação confiável quanto a produção das filhas desse reprodutor (produção média). Os reprodutores são substituídos a cada dois anos para evitar consanguinidade. Rufião: é usado para facilitar a detecção do cio, ficando junto com as cabras adultas e fêmeas jovens aptas à reprodução, recebendo o mesmo manejo alimentar dessas categorias.
  • Escolha de matrizes e manejo da reprodução e crias:
    1) Adquirir matrizes iniciais para implantação do criatório.
    2) Substituição das fêmeas no rebanho (descarte de 20 a 25% das fêmeas anualmente).
    3) Selecionar as melhores fêmeas através de:
  • Maior produção de leite
  • Maior número de filhotes ao parto o Alta fertilidade o Resistência a doenças
  • Facilidade de manejo o Característica racial


Uma boa cabra leiteira deve ter um aspecto geral feminino com ossatura forte e pêlos finos, cabeça delicada, longa e fina, porém com narinas largas. O animal deve apresentar bons aprumos principalmente nos membros posteriores, costelas arqueadas com boa abertura de tórax e abdomen.


Essas são características diretamente relacionadas com a capacidade do animal de ingerir grande quantidade de volumoso, transformando-os em leite. Com relação ao sistema mamário, relacionar as fêmeas com melhor conformação do úbere.

Os animais devem ter pernas com bons aprumos, unhas largas, profundas e bem formadas, peito largo que aumenta a capacidade respiratória e circulatória o que reflete na maior produção de leite. Se o objetivo é ampliar o plantel: recomenda-se o descanso de 45 a 60 dias depois do parto, assim a cabra proporcionará 3 parições em 2 anos. No entanto, se o objetivo é leite, aconselha-se um intervalo maior. Em qualquer das opções, deve-se secar a cabra 60 dias antes do parto.

A duração do parto é de 1 a 4 horas. É importante que o animal no dia provável do parto, seja levado para local tranquilo, limpo e arejado. Não há necessidade de ajudar a fêmea durante o parto, só se houver algum problema com o filhote.

Cuidados com o recém-nascido

O filhote deverá ter maiores cuidados nos primeiros 30 dias de vida. Cortar o umbigo logo após o nascimento, 2 cm do ventre e ser emergido em tintura de iodo a 10%. O filhote deve beber colostro nas primeiras 3 horas após o nascimento. Atenção: Filhos de mães portadoras do vírus da Artrite Encefalite Caprina (CAE), não devem receber colostro da mãe.

Ficha de controle zootécnico
1. Identificação. Poderá ser feito através de brincos, medalhas, tatuagem. É importante também pesar o filhote após o nascimento.
2. Alojamento. Logo após o nascimento, separar o filho da mãe e colocá-lo em uma creche limpa, seca e arejado. Em locais de temperatura muito baixa, utilizar lâmpada de aquecimento.
3. Aleitamento. Utilizam-se mamadeiras individuais ou coletivas.

ESQUEMA DE ALEITAMENTO

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A partir do 6º dia de vida, o filhote já pode receber alimento sólido para ajudar no desenvolvimento. É permitido ingerir volumosos de boa qualidade como, por exemplo, feno de alfafa ou rami, ração concentrada com 24% de proteína bruta, sal mineral e água à vontade de boa qualidade. Recomendação: não fornecer aos filhotes, produtos à base de soja antes dos 30 dias de vida.


4. Desmame. Normalmente ocorre aos 90 dias de idade, quando o filhote estiver consumindo 300 g/concentrado/dia.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

CRIAÇÃO DE CABRAS: TÉCNICA DE MANEJO, SANIDADE E ALIMENTAÇÃO – Parte 1

Maria das Graças C. M. e Silva
Professora do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras- UFLA

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Desde os tempos coloniais, o Nordeste vem sendo o grande difusor da criação de cabras no Brasil. Entretanto, só a partir da década de 70 é que a atividade recebeu maior incentivo, estabelecendo assim opção econômica para os pequenos e médios proprietários das outras regiões, além da grande classe rural nordestina.

Nesta evolução, com animais de maior valor zootécnico, a caprinocultura tornou-se ao mesmo tempo uma atividade agradável, rentável e com alto valor social, contribuindo com leite e carne na alimentação familiar.

A exploração de caprinos deve abranger algumas técnicas de manejo, sanidade e alimentação e para isto contar com uma assistência técnica capacitada, para que o planejamento e a própria condução do programa sejam bem executados.

Objetivos e viabilidade econômica

É importante definir o tipo de exploração como: produção de leite, queijos finos, carne, pêlos (mohair), pele, venda de matrizes e reprodutores ou uma produção integrada. Os cabritos apresentam peso ideal de abate entre 4 a 6 meses de idade e o preço de matrizes e reprodutores variam de acordo com as faixas etárias e as raças (leite ou corte). Seja qual for a finalidade da exploração, a localização do criatório deve ser nas proximidades de um bom centro consumidor.

Fatores climáticos

O maior inimigo da cabra é a umidade. Quanto mais baixa for a umidade do ar, melhor será o ambiente para o criatório. O vento também causa transtornos para os caprinos.


Instalações

O cabril deve ser construído em terrenos mais altos, ensolarados, com baixa umidade e que tenham facilidade de abastecer volumosos (caso de confinamento) e água potável à vontade. Para se conseguir estes níveis de conforto, é importante construir o abrigo cuidando-se para que a orientação seja de Leste para Oeste (nascente - poente) e fechado ao Sul para evitar as correntes de ventos mais frios.

O galpão de abrigo é feito normalmente de madeira com piso ripado medindo 0,05 m de largura e elevado com divisões. O espaçamento no ripado é de 1,50 cm para adultos e 1,00 cm para cabritinhos entre sarafos, isto para evitar que enfiem as patas entre os espaços das ripas e se machuquem. O pé direito deve medir em torno de 2,50 m de altura acima do ripado e do ripado ao solo deve ser de aproximadamente 1,00 m, de modo a permitir o trânsito de pessoas por ocasião da retirada dos dejetos.

Desde os tempos coloniais, o Nordeste vem sendo o grande difusor da criação de cabras no Brasil. Entretanto, só a partir da década de 70 é que a atividade recebeu maior incentivo, estabelecendo assim opção econômica para os pequenos e médios proprietários das outras regiões, além da grande classe rural nordestina.

Nesta evolução, com animais de maior valor zootécnico, a caprinocultura tornou-se ao mesmo tempo uma atividade agradável, rentável e com alto valor social, contribuindo com leite e carne na alimentação familiar. A exploração de caprinos deve abranger algumas técnicas de manejo, sanidade e alimentação e para isto contar com uma assistência técnica capacitada, para que o planejamento e a própria condução do programa sejam bem executados. 

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Deve-se prever também a área externa para exercício e cobrição.Uma cabra adulta necessita cerca 2 m² de espaço físico. Os cochos devem ter 15 cm de largura, 30 cm de profundidade e 40 cm de altura do piso à borda do cocho. Devem ser colocados também cochos para sal mineral no cabril. Os bebedouros devem estar abastecidos constantemente com água fresca e limpa. As cercas externas podem ser de telas com 1,5m de altura.


Os piquetes devem ser construídos com cercas de 11 a 12 fios de arame liso. A área de pastagens e capineiras devem ser dimensionadas com base em um consumo diário médio de 10 kg de forragem/cabra adulta/dia. Um hectare de pastagem de boa qualidade é suficiente para  7 cabras leiteiras ou 10 cabras de corte ou de aptidão mista.

O cabril deve permitir a acomodação das seguintes categorias animais:
Berçário - do nascimento até 90 dias de idade
Recria - desmame à idade de reprodução
Novilhas e Cabras - no início de gestação
Cabras secas, em lactação e reprodutores, que deverão ficar separados ao máximo das fêmeas lactantes (no mínimo 8 metros de distância).

Sistema de criação
A cabra sendo um animal andarilho, necessita de exercícios diários e do sol. Assim sendo, nas regiões úmidas o único sistema viável de criação é o intensivo. Entretanto, pode-se fazer uma variação para o semiextensivo nos períodos de estiagem e declínio da umidade. Em criações onde não dispõe de áreas para o pastejo, é importante que seja incluída no projeto uma área para exercício dos animais (solário), durante no minimo 1 hora/dia. A dimensão de um solário depende muito do rodízio de animais no cabril ficando à base de 5 m²/cabeça. Assim sendo, as cabras leiteiras são confinadas em baias individuais ou coletivas suspensas.


O sistema de criação semi-extensiva ou extensiva é indicado para as médias e grandes propriedades, desde que disponham de boas áreas de pastoreio rotativo, com abrigos para o agrupamento e repouso dos animais à tardinha. O sistema ultra-extensivo é realizado no sertão, onde os animais vivem em completa liberdade, e, andam as vezes até 10 km por dia para procurar alimento. Este sistema de criação é típico para a produção de peles, já que é no sertão de clima seco uma condição que favorece o desenvolvimento de cabras com peles de boa textura, elasticidade e resistência.


Escolha da raça
Nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, recomenda-se para a exploração leiteira qualquer uma das raças especializadas existentes no país, como Saanen, Toggenburg ou a Parda Alpina. Para a exploração mista ou de corte, as raças Anglo-Nubiana, Mambrina, Canindé, Moxotó, Marota, Repartida.

Raça Saanen: Originária da Suiça, apresenta pelagem curta, totalmente branca, sem qualquer mancha de outra cor. Os cascos brancos ou amarelados. A pele pode apresentar pintas escuras em diversos pontos como úbere, focinho, parte interna das orelhas, etc. São animais compridos, altos, esguios, orelhas curtas e eretas, sendo considerados os mais altos e de maior aptidão leiteira dentre as raças tipicamente leiteiras, contribuindo para formação e melhoramento de outras raças. Produzem 4 litros de leite diários com 5 a 6% de gordura. As fêmeas apresentam peso vivo médio de 50 kg e os machos de 75 kg.

Raça Toggenburg: Originária da Suiça, são também leiteiras, apresentando pelagem com pêlos longos, de cor castanho claro para o chocolate escuro, variando de tonalidades mais claras para tonalidades mais escuras com 2 listras brancas na cabeça que vão desde as orelhas, descem pelos olhos e vão até as laterais da boca. As patas e a inserção da cauda também são brancas. Tanto as cabras como os bodes reprodutores têm um peso médio variando de 45 a 60 kg.

Raça Parda Alpina: São animais leiteiros, originária da parte meridional dos Alpes Suiços. De porte médio como as Toggenburg, apresentam pelos curtos, pelagem de cor castanha parda com listra preta na região da nuca e linha dorso-lombar e pêlos pretos nas extremidades dos membros da face. Estes animais produzem 3 litros/leite/dia, numa lactação de 7 meses. O peso vivo médio das fêmeas varia de 50 a 60 kg e nos machos de 80 a 100 kg.


Raça La Mancha: Originária da Espanha, formada nos Estados Unidos é de aptidão leiteira. Possuem pelagem de muitas cores, sendo chamadas de multicoloridas. Têm boa produção de leite com alto teor de gordura.

Entre as raças de aptidão mista (carne, leite e pele) citamse as seguintes:


Anglo-Nubiana, formada na Inglaterra, são animais de porte alto, compridos e pesados. As cabras apresentam perfil convexo ou acarneirado, orelhas grandes e pendulares, são muito rústicas, tendo revelado excelentes resultados no Brasil. A pelagem é variável, indo da castanha, preta, branca, creme até amarela e cinza, ou suas combinações. Estes animais por serem de aptidão mista, apresentam rendimento médio leiteiro inferior as raças leiteiras especializadas e período mais curto de lactação. Porém, o seu leite apresenta mais alto teor de gordura.

A Raça Mambrina conhecida como cabra Síria, Indiana ou Zebu, apresenta pelagem cinzenta, vermelha, amarela, branca ou malhada, havendo animais pretos ou com manchas coloridas sobre fundo claro. As cabras são boas leiteiras e produtoras de carne e pele. Produz de 2 a 4 kg de leite/dia com 4% de gordura, com longo período de lactação. É rústica, própria para climas quentes.


A raça Canindé é nativa do Nordeste. É no Estado do Piauí que apresenta maior número destes animais, em duas formas étnicas denominadas "Canindé". Uma conhecida pela tradição sertaneja, de pelagem preta e barriga branca, e a outra de pelagem castanha, avermelhada, com uma listra preta no dorso e a barriga preta. De porte médio, atinge 50 a 60 cm de altura, e pesa em média 27 a 35 kg.


A raça Moxotó além de produzir carne, é também ótima produtora de pele. É conhecida pelos sertanejos como cabra do "lombo preto". A
pelagem é de cor baia ou mais clara, com uma listra negra que se estende do bordo superior do pescoço à base da causa, seguindo a linha
dorsal. Os membros abaixo dos joelhos e jarretes são de uma coloração escura, o mesmo ocorrendo com ventre, mucosa, unhas e úbere. A
altura tanto nos machos como nas fêmeas, varia entre 50 a 70 cm e o peso médio é de 34 kg.

A raça Marota é também conhecida como "Curaçá". A finalidade principal de exploração é a produção de pele, entretanto, como leiteira,
tem seu significado. Estes animais têm peso mínimo de 36 kg, a pelagem é branca, podendo aparecer pequenas pintas escuras nas orelhas. A pele e mucosa são claras e úbere apresenta um desenvolvimento razoável com tetas amarelo-claras.

A raça Repartida ou "Surrão", tem esses nomes devido à mistura de pêlos pretos e claros, distribuídos de forma irregular em seu corpo, dando a impressão de um animal sujo. O objetivo principal desta raça é a produção de pele. Estes animais têm pelagem preta na parte anterior
do corpo e baia na posterior. Seu peso mínimo é de 36 kg.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Adaptabilidade de caprinos Boer e Anglo-Nubiana às condiçoes climáticas do Meio-Norte do Brasil

  • Autores: L. M. Martins Júnior, A. P. R. Costa, D. M. M. R. Azevêdo, S. H. N. Turco, J. E. G. Campelo, M. C. S. Muratori

    RESUMO
    Este trabalho teve por objetivo avaliar a adaptabilidade das raças caprinas Boer e Anglo-Nubiana às condições climáticas do Meio-Norte do Brasil. Foram utilizados para isto dois testes de adaptabilidade (Ibéria e Benezra) e um teste de dissipação de calor (Rainsby). Nos dois primeiros testes foram utilizados, de cada raça, sete machos enquanto que no terceiro apenas quatro. No teste de Ibéria os caprinos Boer demonstraram uma maior adaptação às condições de Meio-Norte, nos dois períodos avaliados. No teste de Benezra foi constatada melhor resposta adaptativa da raça Boer no período seco enquanto que no período chuvoso a raça Anglo-Nubiana apresentou maior adaptação às condições climáticas. No teste de Rainsby, os caprinos Boer e os Anglo-Nubiana não apresentaram diferença significativa nos dois períodos avaliados. Em conclusão, de acordo com os testes utilizados, os caprinos Boer são melhor adaptados às condições de estresse pelo calor da sub-região Meio-Norte do Brasil que os caprinos da raça Anglo-Nubiana.

    INTRODUÇÃO
    A criação de caprinos tem grande importância para a região Nordeste, possuindo a mesma o maior efetivo caprino do Brasil. No entanto, o desempenho dos animais nesta região é ainda insatisfatório, em decorrência, principalmente da criação extensiva que sujeita os animais às intempéries naturais como as condições climáticas e deficiência nutricional em determinadas épocas do ano.

    No que concerne às condições climáticas, é preciso conhecer a adaptabilidade dos animais criados na região. No entanto, infelizmente, poucos trabalhos têm sido realizados e, quando ocorrem, se prendem à avaliação de parâmetros fisiológicos como temperatura retal, freqüência respiratória e freqüência cardíaca, em geral comparando raças exóticas que há muito tempo estão na região e raças nativas.

    Com a raça Boer, introduzida no Brasil há cerca de oito anos, com a finalidade de incrementar a produção de carne caprina no país, poucos têm sido os trabalhos de avaliação da adaptabilidade, mesmo considerando-se apenas a verificação dos parâmetros fisiológicos. Frente a isto e considerando-se que a raça Boer é originária da África do Sul, região tropical como o Brasil, é objetivo deste trabalho comparar a adaptabilidade desta raça à da Anglo-Nubiana, esta última já bastante disseminada no país, através da aplicação de testes de adaptabilidade, buscando subsídios para a escolha da melhor raça, em termos de adaptação climática à sub-região Meio-Norte do Brasil.

    MATERIAL E MÉTODOS
    Neste experimento foram utilizados três diferentes testes: o teste de Ibéria ou Rhoad, o teste de Benezra e o teste de Rainsby, a fim de comparar a adaptabilidade de caprinos das raças Boer e Anglo-Nubiana. Todos os testes foram realizados na mesma propriedade, no município de Timon, Maranhão, distante 465 km da capital do estado e apenas 35 km de Teresina, capital do vizinho estado do Piauí. Foram utilizados nos três testes animais machos, adultos e sadios.

    CONCLUSÕES
    Segundo os testes de Benezra e Ibéria, que avaliam a capacidade de manter a temperatura corporal normal, a raça Boer apresenta maior adaptabilidade às condições de Meio-Norte, em relação à raça Anglo-Nubiana. Já no teste de Rainsby, que avalia a capacidade de dissipação de calor após hipertermia induzida por exercícios, as duas raças mostraram-se semelhantes, porém a raça Boer conseguiu ter a mesma redução de temperatura retal com menor freqüência respiratória, demonstrando ter maior eficiência, provavelmente com menor custo energético.


    (texto adaptado, texto técnico completo em http://www.uco.es/organiza/servicios/publica/az/php/img/web/04_20_50_01AdaptabilidadeMartins.pdf)

  • sexta-feira, 12 de novembro de 2010

    Nova Diretoria ABCC

    Diretoria ABCC 2011/2013

    Recife, 04 de novembro de 2010.

    PRESIDÊNCIA
    Presidente: Tomaz Quintas Radel - BA.
    1° Vice      - Carlos Alberto Ribeiro Roma – PE
    2° Vice      - Gidalte Almeida Magalhães- PE
    3° Vice      - Fábio Braga - MA
    4° Vice      - André Fortes – RJ


    SECRETARIA
    1° Secretário – Arlindo Ivo – PE
    2° Secretário – Alcides Bezerra-PE


    TESOURARIA
    1° Tesoureiro – Cristiano Rego Barros - PE
    2º  Tesoureiro – Sergio Almeida – CE


    CONSELHO
    Conselho Fiscal
    1.    Aurora Gouveia - MG
    2.    Francisco Leitão – CE
    3.    Oscar Adelino de Lima - PB

    Conselho Fiscal Suplente
    1.    Paulo Zabulon - PI
    2.    Luiz Gonzaga Targino de Moura - PB
    3.    Saulo Monteiro de Castro - SE

    quarta-feira, 10 de novembro de 2010

    Boas práticas na caprinocultura leiteira

    Boas práticas na caprinocultura leiteira

    O programa Dia de Campo na TV mostrou os cuidados que os produtores devem ter para oferecer leite de qualidade às indústrias e aos consumidores. A pesquisadora da Embrapa Caprinos, Lea Chapaval, e o diretor do Centro de Capacitação em Bases Tecnológicas para o Semi-Árido, Gilvan Soares Brito, falaram sobre as Boas Práticas na Produção de leite de cabra – um conjunto de medidas tomadas durante a produção que evitam a contaminação do produto e garante a segurança do consumidor.

    Produtos feitos a partir de leite de cabra.
    Crédito: Embrapa Caprinos.

    A pesquisadora Lea Chapaval ressalta que existem vários fatores que alteram a qualidade do leite e comprometem a segurança e o rendimento dos produtos lácteos, como o estado sanitário do rebanho, a higiene do ordenhador, a higiene e as condições das instalações e dos equipamentos utilizados durante a ordenha, os aspectos sanitários do local de ordenha e as condições de transporte e armazenamento. “Práticas realizadas dentro da propriedade podem assegurar que o leite de cabra seja produzido por animais saudáveis sob condições aceitáveis e em equilíbrio com o meio ambiente”, completa.



    Lea Chapaval salienta que o papel dos produtores de leite de cabra é assegurar que boas práticas agropecuárias, higiênicas e animais sejam empregadas na propriedade. “O foco deve ser a prevenção dos problemas, incluindo as doenças, antes que eles ocorram”, diz. Assim, as Boas Práticas Agropecuárias (BPAs) poderão contribuir para assegurar que o leite de cabra e seus derivados estejam livres de contaminantes, sendo seguros e apropriados para consumo. Contudo, além do produtor; fornecedores de insumos, transportadores, fabricantes de produtos lácteos e alimentos, os distribuidores e os comerciantes devem fazer parte de um sistema de gerenciamento integrado que garanta a segurança e qualidade alimentar.



    terça-feira, 9 de novembro de 2010

    Como Fazer Queijo de Cabra

    • 2 litros de leite de cabra
    • 20 gotas de coalho líquido
    • sal q.b.

    De preferência fazer os queijos mal o leite seja retirado da cabra, pois o leite sai à temperatura ideal para a sua confecção. Caso contrário aquecer ligeiramente o leite de forma que fique apenas morno. Filtre o leite para retirar alguma impureza e junte-lhe de seguida as 20 gotas de coalho líquido (a quantidade de gotas varia consoante a marca do coalho, ter em atenção que demasiado coalho prejudica o sabor do queijo) e deixe repousar durante 20-30 minutos.

    Após o tempo de pausa e com a ajuda duma colher de pau verta para um coador grande e deixe escorrer um pouco o soro. Ponha 6 forminhas de queijo em 6 pratos e com uma colher vá retirando o leite coalhado e coloque dentro de cada forma até enchê-la. Coloque sal por cima de cada um dos queijos. Pelos orifícios das formas vai saindo soro, assim que tiver muito soro no prato, escorra-o e vire os queijos com cuidado para outro prato e volte a colocar sal, agora do outro lado. Repita esta operação as vezes que achar necessárias. Por fim leve ao frigorífico e no dia seguinte desenforme e sirva. Esta receita dá para 6 queijos, mas poderá variar consoante o tamanho das formas.

    É também habitual nos Açores servirem os queijos frescos com massa de malagueta por cima. Actualmente é uma entrada quase obrigatória dos restaurantes locais.