A empresa de navegação P&O, no século XIX, carregava cabras para sustento da tripulação e vendia o que sobrava no destino. Logo percebeu que havia compradores para cabras na Inglaterra! Geralmente os navios de P&O levavam cabras embarcadas na Índia, ou na região de Chitral, ou também da Núbia, Egito, Assíria e Síria. Todas tinham certas características comuns: longas orelhas pendentes, pêlo curto e perfil convexo. Obviamente outras empresas de navegação também transportavam cabras que, invariavelmente, chegavam até a Inglaterra.
O tipo preferido pelos compradores era a cabra Nubiana, variedade Zaraibi, do Egito. Durante os anos 1878-1880 cabras famosas eram exibidas em exposições com o nome de Nubiana, embora pudessem ter origem na África, ou na Índia, ou em qualquer lugar fora da Inglaterra.
Na Primeira Exposição, de 1875, já havia cabras da raça "Anglo-abissínia" e, na Segunda Exposição, em 1876, havia outras da raça "Anglo-indiana". Estas mestiças faziam sucesso pelo leite produzido. Afinal, apenas o leite interessava - e a pele! Entre 1878 e 1880 receberiam prêmios extras por suas qualidades leiteiras, com o nome de "Inglesa-indiana". Nessa ocasião, surgiu uma cabra que foi descrita como um espécime quase perfeito da Nubiana, pela sua altura, suas pernas longas, seu nariz romano, sua pelagem muito fechada e orelhas longas e pendentes.
A Associação Inglesa de Criadores de Cabras (British Goat Society) foi fundada em 1879, passando a estimular a criação de caprinos. Não havia nenhuma cabra realmente nativa na Inglaterra; todos os tipos existentes eram os mesmos encontrados no noroeste da Europa, geralmente de orelhas curtas, pelagem grosseira e pouca produção leiteira. No final do século XIX e início do século XX surgiu um entusiasmo pela importação de cabras estrangeiras, tanto oriundas do Leste como dos Alpes Suíços. As cabras da Suíça começaram a entrar na Inglaterra na década de 1880. O primeiro Toggenburg provavelmente chegou em 1884, logo se tornando um animal maior que na própria Suíça. Suas filhas eram superiores a qualquer tipo de cabra que houvesse na Inglaterra.
Sob orientação da British Goat Society, a partir de 1892, a raça Anglo-Nubiana sofreu uma importante evolução, pois foi melhorada com o auxílio de técnicos de todas as partes do mundo, os quais - a convite da Sociedade - prestaram serviços na melhoria da raça. As pessoas ricas ou de alto gabarito social interessaram-se, então, pela criação da raça. Entre estas, estava a baronesa Buroett-Goutts e Mr. H. S. Holmes Peggler, que era tesoureiro da associação.
No início do século XX, a literatura ainda era muito confusa a respeito da cabra Nubiana. Holmes Pegler escreve que as primeiras importações de cabras Nubianas chegaram à Inglaterra em 1883 e 1891, mas chegaram via Paris. O próprio Pegler, no entanto, ao ver os animais, decidiu que a primeira importação era de animais da raça Mambrina e a segunda, com uma única cabra chamada "Ali Baba" que era da raça Berberina.
Em 1886 a British Goat Society abriu um livro de Registro Genealógico para cabras, mas não para rebanhos. Ou seja, somente eram inscritas cabras que tivessem parentes premiados na produção de leite. O pedigree não importava e as linhagens notáveis eram cruzadas entre si.
Popularmente, a Nubiana seria acasalada com as raças alpinas vindas da Europa, ou com as poucas "nativas" (européias degeneradas) que fossem ainda encontradas - esse era o objetivo. O principal cruzamento que logo começou a chamar a atenção de todos foi da raça Toggenburg. No final do século XIX e início do século XX, poucos diziam "Nubiana" mas apenas "Egípcia", que tanto podia ser da Síria ou da Índia! Foi um casamento perfeito: as duas raças eram boas leiteiras e a Nubiana era muito manteigueira. Depois, duas cabras Nubianas foram importadas em 1900, vindas diretamente do Sudão, deixaram fotografias exibindo longas orelhas e pelagem multicolorida. Uma beleza... mas nunca pariram!
Já o cientista francês, Crépin, um dos mais renomados estudiosos de caprinos da época, dizia que em seu rebanho havia legítimas "Nubianas" vindas da Eritrea, depois de fabulosas aventuras para tirá-las daquele país, durante vários dias em dorso de camelo, para escapar à vigilância das autoridades. Os indígenas ficaram furiosos ao ver que as valiosas cabras estavam sendo exportadas para o estrangeiro e perseguiram duramente o ladrão-cientista! Eram chamadas de "Zareber", ou Zaraibi, como no Egito.
Enfim, boa parte dos estudiosos admite que a cabra Zaraibi é uma "Nubiana Egípcia". A Enciclopédia Britânica, no início do século, descrevia a Nubiana como sendo mocha e muito parecida com ovelha na forma da cabeça e do crânio. Uma fotografia do tipo Zaraibi, feita, por M. Crépin foi publicada no "Book of the Goat" (1910) para demonstrar o chanfro como sendo do tipo peculiar aos camelos! Muito pitoresco!
Valerie Porter (1996) afirma que a Anglo-Nubiana derivou de uma mistura que inclui a Nubiana (variedade Zaraibi) e muito provavelmente cabras das montanhas da Síria (Mambrinas) e também cabras do Sudão. Vai mais longe e afirma que, mais prepotentemente, os ingleses utilizaram raças da Índia que apresentavam o perfil da cabra Nubiana. Afinal, o nome "Nubiana" indicava qualquer animal que fosse levado do Leste para a Europa. E o leste tanto podia ser a África como a Síria ou a Índia!
Assim, a Anglo-Nubiana inglesa parece ter sido formada a partir de cabras do Egito, da Núbia, da França, da Síria, da Índia, etc.!
A raça Saanen era maior e muito mais popular na Alemanha, França e Bélgica que na Inglaterra da década de 1890, mas não podia competir com a Toggenburg inglesa, que era muito maior. Logo começaram a ser definidos os tipos diferenciados, pois eram comuns os cruzamentos entre Toggenburg e Saanen ou cruzando a bem-sucedida Toggenburg com qualquer Alpina da França ou da Suíça.
Em 1905, o livro de Registro Genealógico admitiu a raça Toggenburg, seguido pela raça Anglo-Nubiana, em 1910, e em 1920 admitiu a Saanen, a Inglesa, a British Alpine, a British Saanen, e a British Toggenburg. Até hoje, a seção "British" continua registrando mestiças e, entre elas, estão algumas das melhores cabras do país e melhores leiteiras. Estes cruzamentos variados, somando o sangue Nubiano resultava em um animal excelente. Uma coisa é certa: o nome "Anglo-Nubiana" foi dado a vários produtos cruzados, em 1893, no livro de registro da British Goat Society. Foi o primeiro uso do nome para as cabras mestiças.
Em meados da década de 1890, o interesse pelas "Nubianas" estava no final, pois o sangue havia se diluído na mestiçagem generalizada. Ninguém mais falava em cabras estrangeiras. Foi quando chegaram quatro reprodutores que provocaram uma revolução:
1 - Em 1896 chegou o reprodutor indiano "Sedgemoor Chancellor", que deixou marca na descendência, pelas longas orelhas pendentes, perfil bastante convexo e nariz romano. Muitos acreditam que Sedgemoor é o responsável pela raça Anglo-Nubiana como é conhecida hoje. Pegler o descreveu como sendo um "Jumna Pari", ou seja, um típico animal da raça Jamnapari!
2 - Em 1903, um novo "Sedgemoor" foi desembarcado, com fama de ser um Zaraibi, da Núbia. Era o reprodutor "Sedgemere Sanger". Talvez este tenha sido o maior responsável pelo início da formação da raça Anglo-Nubiana na Inglaterra (Valerie Porter, pág. 94).
3 - Em 1904, outro "nubiano" da Índia, denominado "Bricket Cross", chegou de Chitral (região entre a Índia, Paquistão, Afeganistão e Caxemira). Uma região de difícil acesso, a milhares de quilômetros do porto.
4 - Depois, um outro "Bricket" (macho) foi importado, seguindo a fama do primeiro. Só que, dessa vez, veio de muito perto: de Paris.
Uma coisa ficou evidente: estes quatro reprodutores produziram centenas de animais que foram registrados no novo livro de 1910. Os animais registrados em 1910 marcam o momento de vitória da raça Anglo-Nubiana. Devido a esse registro massal de 1910, as importações perderam totalmente o interesse. Agora, seria a vez das raças leiteiras alpinas para imprimir sua marca nos caprinos da Inglaterra.
Em 1923, entrou em vigor o uso do nome "British" ou "Anglo" para os cruzados, tais como Anglo-Swiss, Anglo-Nubian-Swiss, Anglo-Nubian-Toggenburg, etc. Os produtos "Anglos" eram sempre maiores, mais pesados, com perfil tendendo ao semiconvexo, focinho amplo, cabeça e orelhas maiores, pernas mais longas, ossos mais fortes, melhor desenvolvimento corporal, menos pêlos e maior produtividade leiteira.
A British Goat Society cuidou do Anglo-Nubiano até 1960, quando surgiu a Associação de Anglo-Nubiano. A raça, no entanto, já tinha quase um século de história. De todas as raças de cabras produtoras de leite e carne, a Anglo-Nubiana foi a que mais proliferou pelo mundo, sendo também a raça de maior quantidade de animais puros registrados. Por tudo isso, é a raça mais indicada para o Brasil tropical. A história é intrigante mas o resultado é uma raça que é única na Inglaterra - ela se aparenta exoticamente diferente de outras raças britânicas. Tem conseguido também bastante sucesso no estrangeiro, principalmente em climas tropicais e subtropicais o que parece ser a chave de suas origens.
A africana Nubiana - Não se pode estudar a raça Anglo-Nubiana sem também conhecer, um pouco, a própria raça Nubiana, na África, a qual apresenta um enorme interesse para os brasileiros. Segundo Paschoal de Moraes (1923) a Nubiana é considerada a rainha das cabras, até no tamanho, pois é maior que todas as demais. "É o que se pode chamar de animal bíblico, pois que as citações à cabra dos tempos bíblicos incluía um animal de perfil convexo e orelhas largas e pendentes, por vezes atingindo 3 a 5 cm abaixo do queixo" - diz o português Fernando Vieira de Sá. A Enciclopédia Agrícola da França, em 60 volumes, apresenta o volume "Moutons, Chêvres, Porcs", de 1910, escrito por P. Diffloth, onde há uma descrição de todas as raças conhecidas na época. Afirma ele que o Mouflon de Manchettes que habita as regiões escarpadas do Atlas, depois de Marrocos e chegando até a Núbia, era um tipo intermediário entre as cabras e os carneiros. Não apresenta as fossas lacrimais, nem o chanfro dos carneiros mas os detalhes de ovino estão no tronco e na estatura geral. O pêlo é curto como nas cabras, farto na crina e na barbela (ver foto). Esse Mouflon seria o responsável pela formação do grupo de cabras denominado de "Nubianas" (!). Continua afirmando que as cabras denominadas "nubianas" tiveram origem na Núbia e logo chegaram ao Egito, Abissínia, Algéria, províncias barbarescas, e até à ilha de Malta. As cabras são uma grande riqueza para os nativos africanos. As variedades "nubianas" do Sudão, de Sokoto, da Nigéria, de Malta oferecem, sozinhas, grande interesse zootécnico. Valerie Porter (1996) acha que a Nubiana teve origem no Oriente Médio, chegando à Núbia via Egito e Sudão.
Segundo Porter (1996), o grupamento Nubiano exibe três tipos: "Nubiano" (da Eritrea e noroeste da Etiópia, chanfro convexo, chifres curvados ou retos, deslanada, pelagem preta mas podendo apresentar manchas brancas e vermelhas sobre o preto). A variedade "Shukria" é marrom, também nas periferias da Eritrea e Etiópia. A variedade "Barka", das terras baixas a oeste e sudoeste da Eritrea, tem perfil reto e chifres meio curvados, medindo de 14-20 cm, com pelagem branca e manchas marrons.
No geral, pode-se afirmar que a pelagem da legítima Nubiana é multicolorida, com pêlos curtos e sedosos, mas boa parte apresenta apenas uma cor básica, que pode ser escolhida entre o acaju, o castanho avelã, o branco, o creme, o negro, o cinza e o raposa-azul. São comuns as pelagens com 3 ou 4 cores simultaneamente. Quanto mais do norte mais são coloridas, mas ali podem ser negras ou cinzas.
A cabra Nubiana é universalmente apreciada pela abundância do leite. Produzem de 2 a 3 litros de leite por dia, mas muitas passam de 4 litros. E mais, produzem mais manteiga que qualquer outra raça. O úbere é claramente dividido em duas partes, com tetas colocadas ligeiramente para os lados. É um úbere majestoso, grande, quase inacreditável, pois a raça vive tranquilamente em região árida ou semi-árida. "O úbere é tão grande que os indígenas o encerram e suspendem em um saco de couro para impedir que arraste pelo chão", afirma Crépin. Quando vazio, o úbere mais parece um grande saco de pele flácida e macia. Uma característica importante é que o leite da Nubiana não oferece nenhum cheiro hircino particular, nem na época do cio. Segundo G. Corlett (1971), o leite não tem odor hircino é comparável em gosto ao da cabra Murciana, tido como um dos melhores da espécie.
A cabeça é curta, com o chanfro proeminente, de perfil acarneirado. O chanfro tanto se deprime na parte superior junto à fonte como se abaixa bruscamente para o nariz, que é chato. Os olhos são grandes e plácidos, de cor azul ou parda, de órbitas apagadas, bem aflorados. As orelhas são plácidas, longas, largas e pendentes, terminando em ponta voltada para a frente, abaixo do focinho, permitindo diferenciá-las logo de primeira vista, medindo entre 18-20 cm. As fêmeas nunca apresentam chifres; já os machos podem apresentá-los curtos, achatados, retorcidos, dirigidos para trás. O pescoço é desprovido de brincos e barbela; os machos às vezes apresentam uma pequena barbela.
O temperamento da Nubiana é calmo. É uma raça pouca andarilha e fácil de ser criada. O maior problema da Nubiana é que ela é muito acostumada em sua região de altas temperaturas e, por isso, sente-se mal quando é exportada para localidades mais frias. Na Inglaterra, deu-se muito mal devido ao frio! A altura chega a 0,70 m nas fêmeas e 0,90 nos machos - na cernelha. O comprimento, da nuca ao começo da cauda é de 1,05 m nas fêmeas e 1,30 m nos machos. O peso é ao redor de 40-60 kg para fêmeas e 50-75 kg para machos (Fernando Sá diz que os machos pesam 95 kg e as fêmeas ao redor de 70 kg).
No Brasil - Tudo indica que o primeiro rebanho da raça Anglo-Nubiana do Brasil pertenceu ao milionário Carlos Guinle. Ele esteve na Inglaterra comprando animais e adquiriu o campeão da Exposição de Kent, da raça Ronney Marsh. Aproveitou a viagem e trouxe vários animais, em 1929. Falava-se muito no Anglo-Nubiano, cruzamento de raças alpinas aperfeiçoadas com uma raça misteriosa da Núbia africana. O milionário trouxe diversos animais como sendo de pura raça Anglo-Nubiana, mas as fotografias deixam claro que ele comprou "gato por lebre". Ele não aceitava a palavra "Anglo-Nubiana", aportuguesada, e exigia que seu rebanho fosse apontado como sendo "Anglo-Nubian" como pretendiam os ingleses. Tamanho esnobismo para um punhado de cabras que não passavam de grosseiras mestiças! As picaretagens sempre existiram. As fotos foram estampadas em publicidade de seu rebanho, na revista "O Campo" de Janeiro de 1930.
Segundo Honorato de Freitas (1945, p. 40), em 1932 foram introduzidos, na Bahia, reprodutores das raças Nubiana, Murciana e Angorá. Eram animais da Inglaterra e dos Estados Unidos. Foram entregues à Prefeitura de Uauá, não receberam os necessários cuidados e orientação, fracassando. Os descendentes desses animais espalharam-se por todo o sertão, "derrubando orelhas em todas as direções", produzindo animais com orelhas pendentes. Os brasileiros viviam o período denominado de "império das orelhas" na pecuária bovina em que a imensidão das orelhas era sinal de sucesso. Assim, os criadores se entusiasmaram com a chegada do Anglo-Nubiano orelhudo entre os caprinos.
De 1938 para cá, a Anglo-Nubiana começou a ser introduzida na Bahia por Antônio do Rego Gonçalves, de Bonfim, que importou para sua fazenda. Foi seguido pela Secretaria de Agricultura e outros criadores (p. 41). Neste mesmo ano, sob orientação de Landulfo Alves, foi importada e depositada em Feira de Santana (BA), tendo em vista solidificar um núcleo de criadores. Também em São Paulo, a raça Anglo-Nubiana foi criada pelo Depto. de Produção Animal (p. 41), com relativo sucesso.
A raça tem sido extensivamente importada nos últimos anos, principalmente dos Estados Unidos. É muito usada no Nordeste para cruzamento com cabras comuns para comercialização de carne e produção de leite. Já há clara evidencia da influência do Anglo-Nubiano nas cabras leiteiras comuns, as quais, no geral, apresentam orelhas alongadas, sendo agrupadas com a denominação de "Tropicana", embora tenham sofrido influência também da Mambrina e até da Bhuj. A raça Tropicana ganha enormes espaços nos Cerrados, Sudeste e Centro-Oeste, devido ao seu grande porte, precocidade de crescimento e presença de linhagens leiteiras. Milhões de cabras Tropicanas garantem o futuro da raça Anglo-Nubiana no Brasil. (Ver Raça Tropicana)
O recorde baiano e das Fenagros é de 1996, da cabra Anglo-Nubiana Jussara do Paschoal, com a produção de 22,20 kg de leite em seis ordenhas durante três dias, com média de 7,40 kg/dia.
Situação - O rebanho estimado em mestiçagem é de 3,0 milhão de cabeças. Sem dúvida é o maior rebanho brasileiro em atividade. Calcula-se que existam mais de 70.000 cabeças "puras de origem" (PO), as quais são aptas para receberem um Certificado de Fundação (incluindo todos os animais registrados até hoje). Quando existirem 70.000 animais com Certificado de Fundação, poderá ser homologado o Livro de Registro Genealógico, com alguns dados de desempenho funcional. O rebanho é estável.
Padrão da Raça Anglo-Nubiana
Aptidões - carne e leite
Cabeça - bem conformada, proporcional ao corpo. Desclassificante: grande. Perfil convexo; permissível: subconvexo; desclassificante: côncavo, ultraconvexo ou reto no macho. Orelhas com implantação alta, médias, longas, espalmadas, pendentes, dirigidas para fora e voltadas para frente; as extremidades passando a ponta do focinho em até três centímetros; permissível: mais curtas que o focinho, indo até a comissura labial; desclassificante: eretas, pequenas ou excessivamente longas. Com chifres ou amochados; permissível: mocho. Olhos vivos, grandes e brilhantes.
Pescoço - bem implantado, musculoso, com ou sem barbela nos machos. Delicado, bem levantado nas fêmeas.
Membros - fortes, bem aprumados. Cascos fortes, coloração de acordo com a pelagem.
Aparelho mamário - volumoso, macio e bem inserido. Tetos simétricos, dirigidos ligeiramente para frente.
Pele - solta e média, predominando a cor escura. Mucosas predominante a cor escura; permissível: clara, conforme a pelagem.
Pelagem - qualquer pelagem, pêlos curtos e brilhantes. Permissível: pêlos médios. Desclassificante: pêlos longos
Altura média - Fêmeas: 70-90 cm. Machos: 90-100 cm.
Peso médio - Fêmeas: 50-65 kg (podendo passar de 90 kg). Machos: 75-95 kg (podendo passar de 120 kg).